segunda-feira, 31 de agosto de 2009

«Portas desvaloriza apropriação de 'bandeiras' do partido»

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, desvalorizou hoje a “apropriação” pelo PSD de “bandeiras” dos democratas-cristãos, sublinhando que os eleitores sabem "quem é coerente e quem tem o trabalho feito".

"Eu saúdo todas as evoluções, mas as pessoas sabem quem é coerente e quem tem trabalho feito", afirmou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de alarmes, em Oeiras, quando questionado se pensa que o PSD está a "tirar temas" ao CDS.


"Pode agora o PSD falar das PME's, mas o que fez por elas neste quatro anos e meio? Pode agora falar de segurança, mas não votaram com os socialistas as leis penais irresponsáveis que aumentaram a delinquência? Pode falar de educação, mas na altura em que foi preciso votar o fim do modelo de avaliação dos professores, faltavam lá os deputados do PSD", acrescentou o líder do CDS-PP.


Antes, Paulo Portas já tinha admitido que durante a campanha eleitoral "vai aparecer muita gente a trabalhar pelas PME's", mas recordou que "quem as defendeu nestes quatro anos e meio foi o CDS" e que foi o partido que disse quais os impostos que é preciso reduzir para salvar empregos e empresas. "E até dizemos onde cortar para suportar essa redução fiscal", frisou, salientando que nenhum outro partido o faz como o CDS-PP, que defende o fim da "situação abusiva" que é o financiamento que o Estado faz todos os anos nas SCUT (auto-estradas sem custo para o utilizador).


Paulo Portas recordou ainda algumas das medidas que o CDS-PP propõe para as próximas legislativas, nomeadamente uma política económica "totalmente virada para as PME's", que garantem em Portugal cerca de dois milhões de empregos. "É para a dificuldade dessas empresas que deve ser pensada uma política económica, porque se as ajudarmos, estamos a ajudar o emprego e estamos a ajudar o crescimento da economia e até a geração de receita", declarou.


Por isso, defendeu, são necessárias medidas como a alteração do sistema de pagamentos ao Estado, que deverá pagar juros caso se atrase, o reembolso do IVA a 30 dias ou a revisão do sistema de Pagamentos por Conta. "São medidas que são um impulso à sobrevivência das empresas, à defesa dos empregos e à ultrapassagem de uma situação económica muito difícil em Portugal", salientou.»


Fonte: Público

Os debates na TV

Já são conhecidas as datas dos debates parciais entre os lideres partidários nacionais. Ficam aqui os dias das mesmas, para os eventuais interessados:

Quarta 2 Set. – PS-CDS (TVI)
Quinta 3 Set. – Bloco-PCP (SIC)
Sábado 5 Set. – PS-PCP ( TVI)
Domingo 6 Set. -Bloco-PSD (TVI)
Segunda 7 Set. – CDS-PCP (SIC)
Terça 8 Set. -Bloco-PS (RTP)
Quarta 9 Set. – PSD-PCP ( TVI)
Quinta 10 Set. – CDS-PSD (RTP)
Sexta 11 Set. -Bloco-CDS (RTP)
Sábado 12 Set. – PSD-PS (SIC)


«O Programa do CDS»: Ninguém por cá tem reparos ou criticas?

«O programa de Governo do CDS-PP é de tal forma positivamente avassalador que ninguém se atreveu a criticar. Nem os habituais críticos. Deve ser por isso que começam a desviar importância das propostas avançadas. Por serem coerentes. Por serem construtivas. Por serem aplicáveis. Por serem inovadoras, sem serem revolucionárias (ou exageradamente reformistas). Por serem em prol de Portugal e dos Portugueses.»

Carlos Martins - Blog "Rua Direita"


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Concordo plenamente com o Carlos, inclusive por cá ninguém foi capaz de questionar este Programa e muito menos por em causa as 5o medidas regionais que fazem parte desse Programa de Governo. Pouca margem para criticas!...


«Os Escuteiros na Política»


Fica aqui este excelente texto publicado na "Flor de Lis", deste mês de Agosto, que julgo muito esclarecedor sobre um tema que "aterroriza" de quando em vez certas pessoas.


domingo, 30 de agosto de 2009

Faleceu o Eng. Rui Vieira

Faleceu ontem um grande Madeirense, um grande homem, o eng. Rui Vieira.

A família enlutada endereço os meus sentidos pêsames.

Fica aqui também um texto hoje publicado pelo DN-Madeira, que sintetiza o percurso do eng. Rui Vieira ao serviço da causa publica.

sábado, 29 de agosto de 2009

Portas na Madeira para falar do Programa Eleitoral do CDS sem esquecer o capitulo das Autonomias Regionais

Hoje o Presidente do CDS/PP estará na Madeira, para debater o capitulo referente as Autonomias Regionais, inserido no Programa Eleitoral do CDS com vistas as Eleições Legislativas de 27 de Setembro.

De ressaltar que nesse capitulo estão inseridas as 50 medidas urgentes já previamente anunciadas por José Manuel Rodrigues e que fazem parte do manifesto eleitoral regional.


Para além destas medidas, constam do Programa Eleitoral do CDS, a possibilidade de uma revisão constitucional que clarifique os poderes das regiões e o aprofundamento das competências em matéria fiscal que permita diminuir o peso dos impostos sobre as famílias e sobre as empresas.


Além destas medidas o CDS pugnará também para incluir os deputados regionais no regime de incompatibilidades e impedimentos.


Posteriormente ao encontro com dirigentes regionais, Paulo Portas estará presente num Jantar / Festa com militantes e simpatizantes, em Água de Pena.


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Programa de Governo do CDS/PP

Hoje recebi alguns e-mails a pedir para colocar um link para o Programa de Governo proposto pelo CDS/PP.

Assim sendo cá esta!...


De facto as diferenças são abismais em relação as do PS e as do PSD.


Tenho orgulho das propostas que fazemos. E como dizem por ai acho que estamos no caminho certo!...

"Execução de Penas: CDS-PP reitera «críticas políticas»"

O porta-voz do CDS-PP, Nuno Magalhães, insistiu hoje nas críticas ao novo regime de execução de penas, após a decisão do Tribunal Constitucional que deu "luz verde" ao diploma.

"Embora discordando, respeitamos a decisão do Tribunal Constitucional. Mas a questão é mais profunda do que apenas jurídica e mantemos, do ponto de vista político, todas as críticas e dúvidas que levantámos", afirmou Nuno Magalhães, em declarações à Agência Lusa.


O Tribunal Constitucional deu hoje "luz verde" ao novo Código de Execução de Penas, que tinha suscitado dúvidas de constitucionalidade ao Presidente da República, Cavaco Silva, a quem cabe agora promulgar ou vetar politicamente o diploma.


Lembrando que o CDS-PP votou contra o diploma, Nuno Magalhães defendeu que se "mantém válidas todas as críticas políticas" e sustentou que as mudanças ao regime podem pôr em causa a "segurança das vítimas e eventualmente das testemunhas" no processo.


"Quem assume a responsabilidade de alguém que tenha sido condenado por um juiz a uma pena grave por ter cometido um crime violento, cumpra apenas um quarto dessa pena em regime fechado, o restante em regime aberto, sabe-se lá se para reincidir no crime ou até cometer actos de retaliação com as vítimas ou testemunhas no processo?", questionou.


O Presidente da República tinha suscitado a fiscalização preventiva da norma que permite a colocação do recluso em regime aberto no exterior mediante simples decisão administrativa do Director-Geral dos Serviços Prisionais.


Cavaco Silva invocou os "princípios da reserva de jurisdição e do imperativo do respeito pelo caso julgado por parte dos órgãos da administração", segundo um comunicado da Presidência da República, de 13 de Agosto.


Com dois votos vencidos, os juízes do TC consideraram, no acórdão hoje lido no Palácio Ratton, que "a norma não viola quer a reserva de jurisdição quer o imperativo de respeito do caso julgado por parte dos órgãos da Administração Pública".


Em declarações aos jornalistas, o presidente do TC, Rui Moura Ramos, afirmou que a decisão se baseou no facto de a Constituição "não impor" que a decisão da colocação do recluso em regime aberto tenha que caber ao juiz.


No pedido de fiscalização preventiva, o Presidente da República tinha invocado o risco para as vítimas ou de alarme social pela possibilidade de um recluso ir para o regime aberto sem intervenção de um juiz.


Rui Moura Ramos afirmou que a apreciação do TC "não entrou messe campo".




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«Justiça com Rumo e à Velocidade da Luz»

Tendo em conta esta nova fuga de informação no caso "Freeport", anunciada hoje no Público, o JCD, no Blog Blasfémias, mostra-nos mais uma vez, como é que a justiça neste País funciona.

Fica aqui a sugestão

Parabéns ao Nacional!


PSD apresentou programa eleitoral que acentua semelhanças com o PS

De facto não há grandes diferenças entre sociais-democratas e socialistas. Para mim isto não é novidade, mas importa mais uma vez evidência-lo.

Falo dos programas eleitorais destes dois Partidos que como o refere o Jornal "i", tem muitos pontos comuns que facilitam um entendimento tendo em vista o tal Bloco Central.


Este jornal num artigo publicado hoje evidência as semelhanças em termos programáticos, destes dois Partidos do chamado "Centrão".


O pior é que muitas destas medidas tem alcance duvidoso e em nada beneficiam o País. Portanto continuamos a ver os dois maiores Partidos sem grandes propostas e pior sem grandes ambições, promovendo políticas para que Portugal continue na mesma. Só fazem o jogo do "pisca pisca", as classes sociais que sempre são maltratas por eles.


Segundo o "i" as semelhanças programáticas são muitas, vejam:


1. Na área da justiça, são evidentes os pontos de contacto. A fixação de limites quantitativos sobre a duração de processos, a aposta nas novas tecnologias para agilizar processos e o alargamento da arbitragem e mediação são linhas comuns.


2. Policiamento de proximidade e mais prevenção são outras promessas idênticas.


3. Apoio às pequenas e médias empresas são pilar da política económica de ambos os partidos.


4. Alargamento das políticas sociais e de criação de emprego são alvo de várias medidas de PSD e PS.


5. Segurança social - há pontos de entendimento com a linha socialista.


Afinal onde andam as tais medidas arrojadas que os diferenciam? Nada de substancial!...


A reavaliação das grandes obras públicas? ou o "ni" sobre o TGV? - Não, é o deixa andar de sempre!!!...


Reavaliação do modelo de avaliação dos professores? - Também não. É só um piscar de olhos aos professores agora descontentes, não esqueçam que a MFL já foi Ministra da Educação e deixou poucas ou nenhumas saudades. Onde param os modelos? Ainda não há nada!!!...


Ou a reavaliação também dos Magistrados? - Mais do mesmo só para contentar certas pessoas!..


Em resumo assistiu-se ontem com o PSD o mesmo que aconteceu com o PS, só ataques mútuos e poucas propostas concretas e arrojadas. Pouco sumo, para um País que precisa de mudar a sério!...



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Atenção! No PS há quem também defenda o Bloco central (PS-PSD)

Se João Deus Pinheiro é o rosto mais visível no PSD, dos que querem um Bloco Central, também no PS, Ferro Rodrigues foi a voz que recentemente pelo lado do PS, defendeu esta aproximação ao PSD de Manuela Ferreira Leite.

Também de ressaltar que o PSD-M, com a entrevista publicada hoje no DN-Madeira de Guilherme Silva, também indirectamente manda uma mensagem interna ao PSD e que do meu ponto de vista é no sentido de caminhar para no caso do tal empate técnico aceitar coligar-se com o PS, sendo que caso não o faça, a sua estrutura regional (PSD-M), estará em condições de o fazer. Portanto cenário muito provável é ver PS e PSD a cozinharem uma coligação do grande "Centrão".


Mais claro impossível!...


Povo, toca abrir o olho! A quem ande a lançar poeira aos olhos dos eleitores, com outras supostas coligações pós-eleitorais, mas a que eles de facto querem é esta. A Coligação dos interesses mútuos instalados, de quem nós governa a décadas e que por nada deste mundo querem perder esse poder. Hoje é um, amanhã é o outro e caso a coisa fique tremida, então toca a ir juntos!...


Quem perde?


Portugal.

PSD-M disposto a viabilizar governo socialista de Sócrates?

Quem diria!...

Todos os dias fartamo-nos de ver altos dirigentes do PSD-M dizerem cobras e lagartos dos socialistas e em especial do seu líder nacional, José Sócrates e depois mostram-se prontos a viabilizar um governo liderado por esse senhor!... Incrivel!...


Afinal prestam ou não??!...


Desta vez foi o verdadeiro número 1 da lista do PSD-M a Assembleia da República, Guilherme Silva, a namorar em entrevista ao DN-Madeira, o Eng. Sócrates, supostamente "a pensar nos superiores interesses dos madeirenses"!!?... Tretas!


Para além de mostrarem claramente que já não acreditam numa vítoria do seu PSD e da Manuela Ferreira Leite, estes senhores pelos vistos, no seu intimo esperam que Sócrates e o PS ganhem. Percebe-se a angustia, mas pelo menos tenham o recato de não trazerem esses desejos intimos a público, são nojentos politicamente falando!...


Até quando o nosso Povo vai na conversa desta gente?...



Alertas lançados em relação ao PND

Segundo o "SOL", um conjunto de personalidades que até bem pouco tempo atrás estiveram ligadas de forma empenhada no PND, chamam a atenção para aquilo a que chamam de "sovietização" deste Partido que aos poucos tem vindo a descaracterizar-se e a ser um Partido extremista.

Tanto é que as frases são tremendas, vejam!:


«O PND está vulnerável ao ataque de ideologias extremistas, é um partido sem defesas», sustentam.


Estes senhores referem que importa «alertar os cidadãos eleitores para o facto de o partido de hoje nada ter a ver com o do passado», sendo, apenas, «um partido de fachada».


E mais!...


«votar hoje no PND, além de desperdiçar o voto (porque vaticinamos que vai ter menos votação do que em 2005), é também um perigo para a democracia porque é escancarar as portas à extrema-direita».


Para além disto referem que: «estava a ser um suporte insuportável à manutenção de egos pessoais e não de políticas objectivas para defesa dos cidadãos, o que o transformou apenas numa muleta legal para candidaturas que em nada são uma mais valia para o partido».


E para finalizar aconselham aos eleitores que «votem nos partidos democráticos que lutem contra a sovietização do Estado português».


De facto, acho que este problema já alastrou também ao PND regional, basta ver as causas, os candidatos e os apoios que estes senhores por cá dão.


Lamentável também é ver Partidos que se dizem alternativa política aceitarem este jogo e estes apoios, na minha opinião a Madeira merecia mais desses senhores e destes Partidos. É pena!..


De resto e sobre o assunto em concreto qualquer um sabe que o que os ex-militantes do PND de Braga dizem é verdade, o PND actual é um partido de extrema-direita, inclusive na RAM, embora tenham iludido alguns comunas para a sua causa "neo-capitalista" ou de sovietização da Madeira.


Estes na minha opinião vão ser mais uns que com o tempo vão desaparecer é só uma questão de tempo!...

Cuidado!... Bloco Central nos planos de alguns!...

"Seria muito benéfico para o país uma coligação PS-PSD".
João de Deus Pinheiro, "i", 27-08-2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Museu da Vinha e do Vinho no Estreito de Câmara de Lobos

Hoje o meu colega de Partido e Candidato a Assembleia de Freguesia do Estreito, Lídio Aguiar, apresentou em nome da nossa Candidatura Autárquica, uma das nossas propostas para o Estreito de Câmara de Lobos, a criação do "Museu da Vinha e do Vinho", que do nosso ponto de vista ira ser muito benéfico a todos os níveis as populações desta localidade, tendo em conta as tremendas potencialidades turísticas desta Freguesia.

Fica aqui o link ao Blog do CDS/PP de Câmara de Lobos com mais pormenores sobre esta proposta dada hoje a conhecer em conferência de imprensa, junto ao Centro Cívico desta Freguesia, local por nós sugerido para a instalação deste Museu.

José Manuel Rodrigues: "Dinheiro não é para jornais e estádios"

Hoje o DN-Madeira publica uma entrevista com José Manuel Rodrigues, na qualidade de Candidato a Assembleia da República, que julgo ser interessante, pelo que aqui também divulgo.



«Colocou como meta eleger um deputado mas, para isso, o CDS tem de crescer muito. À custa de quem?


Acho que o eleitorado não pertence aos partidos. O eleitorado é livre. A avaliação que faço, e que muitos madeirenses fazem, da prestação dos seis deputados da Madeira na Assembleia da República é claramente negativa. Os três do PSD limitaram-se a alimentar a guerrilha entre o Governo da República e o Governo Regional e os três deputados do PS foram agentes do Governo da República, em vez de defenderem a Madeira.


O crescimento dos partidos da oposição será à custa do PS?


Isso não é totalmente correcto, porque quando o PS está em bom estado, o que não é o caso neste momento, não é verdade que os outros partidos da oposição não crescem. Recordo que, em 1995, a primeira vez em que fui candidato à Assembleia da República, obtive mais de 13% dos votos e ficámos perto de eleger um deputado. Na altura, o PS também teve um bom resultado, na Madeira, superior a 30%. O PS-M não merece o voto por dois motivos: pela prestação dos seus deputados na AR e pelo estado de descredibilização a que chegou.


E porque é que o CDS merece esse voto?


O CDS-PP apresentou, aos madeirenses, 50 propostas para que, durante quatro anos, alguns dos problemas sejam resolvidos. O primeiro dos quais é estabilizar os regimes autonómicos no sistema constitucional português, com uma revisão constitucional que amplie os poderes das regiões.


Essa é a proposta de revisão constitucional do PSD.


Sim, mas com diferenças. Defendemos, por exemplo, um sistema fiscal com menos carga de impostos sobre as famílias e sobre as empresas. A segunda grande questão que deverá ser discutida na Assembleia da República é a revisão da lei das finanças das regiões autónomas.


Quais as alterações que devem ser feitas a essa lei?


É necessário recuperar a solidariedade financeira do Estado, regressando à lei de 1998. Não para dar mais dinheiro ao Governo Regional do PSD, para gastar mal e desperdiçar em jornais gratuitos, em mais estádios de futebol e festas, mas que possa ser bem aplicado, designadamente na área social, onde a Madeira tem problemas graves e na melhoria do serviço de saúde. Também é necessário rever o decreto-lei que liberalizou os transportes aéreos, que foi positivo para o turismo e negativo para os residentes e estudantes.


O Governo da República, quer seja do PS ou do PSD, vai aceitar essas alterações?


Acho que é uma injustiça que se está a cometer, em relação aos madeirenses. É de toda a justiça que se volte à situação anterior, com o subsídio de mobilidade seja de 118 euros. Também é necessário baixar as taxas aeroportuárias e rever as operações portuárias, cujos preços devem baixar para a média dos portos nacionais e europeus. Entre as nossas medidas mais importantes também está a regulamentação dos projectos de interesse comum que permitirá construir o novo hospital.


A revisão constitucional é a bandeira do PSD-M, não teme ser colado a esse partido?


Eu sou oposição ao PSD e não sou oposição à Madeira. A nossa proposta reforça os contra-poderes democráticos. Defendemos a dignificação do parlamento regional, limitação de mandatos para todos os cargos executivos e é preciso que, na Região, se aplique a lei das incompatibilidades aos deputados.


Duas eleições com doze dias de diferença. Os eleitores vão distinguir o que está em discussão?


Em algumas eleições autárquicas as pessoas votam de três formas diferentes, para a câmara, para a assembleia municipal e para a assembleia de freguesia. Isso é maturidade democrática?


Sim. Ainda temos alguns problemas de esclarecimento das pessoas, a par da manipulação que é feita pelo partido do poder, mas as pessoas sabem distinguir as duas eleições, apesar desta baralhada de cartazes.


O debate nacional deverá ser dominado por PS e PSD. Essa situação terá repercussão regional?


Tenho andado por toda a Madeira e Porto Santo a fazer as listas e constato que, a par de um grande descontentamento em relação ao governo nacional do PS, existe também um grande descontentamento em relação ao Governo Regional do PSD. Ao nível nacional, tudo se disfarça com a crise internacional, mas eu pergunto: o estado a que chegaram a justiça, o sector educativo, a saúde, tem alguma coisa a ver com a crise económica? E na Madeira? O estado a que chegaram o serviço de saúde, a economia, têm alguma coisa a ver com a crise económica?


Nem com a lei das finanças regionais?


Sim, nem com a lei das finanças regionais. O estado a que chegou o desemprego na Madeira já vinha de antes dessa lei.


Para si é um dado adquirido que não haverá maioria absoluta do PS ou do PSD. O país será governável?


Há vários cenários possíveis, desde um governo minoritário do partido que vencer as eleições, como já tivemos em Portugal, até à possibilidade de o partido que vencer se entender com outro, ou mais do que um.


O CDS estaria disponível para uma situação dessas?


Defendo que o CDS só deve ir para o Governo com um conjunto de condições que lhe permitissem cumprir o seu programa eleitoral.


Se for eleito vai andar cá e lá, entre o Funchal e Lisboa?


Manterei o cargo de deputado na Assembleia Legislativa e exercerei o cargo na Assembleia da República nos momentos cruciais para a Madeira: revisão constitucional, revisão da lei das finanças regionais, política de transportes e orçamentos anuais.»


Paulo Portas: "É minha obrigação ficar à frente do Bloco e do PCP"

O Expresso por estes dias também publicou uma excelente entrevista ao Líder do CDS/PP, Paulo Portas, que acho pela pertinência e pontos de vista, todos nós deveríamos ler. Fica aqui a sugestão!...

«Para o CDS a maioria absoluta de um partido é má, o bloco central é péssimo, o CDS diz que não fará coligações nem acordos parlamentares - portanto, que perspectivas de governabilidade vê depois das eleições?


Se há um partido que sabe o que é dar estabilidade é o CDS. A estabilidade, do nosso ponto de vista, depende do nosso caderno de encargos: um conjunto de políticas e de causas que para nós são essenciais e que serão a medida da nossa atitude a partir das eleições. Acho que era mau para o país que nesta situação, e ao fim de quatro anos e meio de exercício de poder, José Sócrates voltasse a ganhar. E acho praticamente certo que as pessoas não darão uma maioria absoluta, porque a maioria absoluta de um só partido é má. A era Sócrates está a chegar ao fim, em grande medida por responsabilidade própria, e as pessoas ficaram muito cansadas de governos de maioria absoluta de um só partido, e enquanto se lembrarem não quererão repetir a experiência. Isso obriga os partidos a terem sentido de compromisso e poderem assegurar estabilidade, mas em função de um conjunto de convicções. Eu sei muito bem o que me separa do PS e o que me diferencia do PSD.


É-lhe indiferente que ganhe o PS ou o PSD?


Não. Mas não vou dar-vos nenhum título que favoreça qualquer dos meus concorrentes.


E se a narrativa das eleições caminhar para um empate entre o PS e o PSD?


Se for essa a narrativa, eu desempato.


Ribeiro e Castro, quando aceitou ser cabeça de lista do CDS pelo Porto, explicou que queria trabalhar para "uma nova maioria de centro-direita" e apontou para um entendimento entre o CDS e o PSD. Ele veio ao engano?


Não. Eu acho que o país precisa de uma mudança política e estou apostado em dar estabilidade - isso pode ser feito no Parlamento ou no Governo. Não estou é obcecado em ser ministro. Quero que o CDS tenha peso e influência. Para haver uma mudança não somos os únicos contribuintes para essa mudança, mas ela não se pode fazer sem nós. “As pessoas querem virar a página do PS e não estão muito entusiasmadas com o PSD, portanto o CDS tem uma oportunidade”


Quando diz "o que me separa do PS e o que me diferencia do PSD" há uma gradação óbvia, prefere que ganhe o PSD.


Eu prefiro que o CDS tenha o melhor resultado. Há 34 anos que as pessoas só dão oportunidade de direcção do país a dois partidos e isso tem os seus limites, é preciso tentar outra coisa. Estou à espera que os dois partidos do "centrão" vão perdendo votos, coisa inteiramente merecida.


Só que o CDS não cresce, mesmo quando eles perdem...


Isso vamos ver. Nas eleições europeias cresceu.


Cresceu para os mesmos 8% que teve com Manuel Monteiro, não passa disso.


Vamos ver quem é que cresce mais. Eu acho que as pessoas querem virar a página do PS e não estão muito entusiasmadas com o PSD, portanto o CDS tem uma oportunidade.


O que tem desgastado o bloco central é muito mais o PCP e o BE, que juntos estão nos 20%, do que a direita. Uma das razões da sua demissão em 2005 foi ter ficado só 1% acima de um "partido trotskista". O que faz se o BE tiver mais 1 ou 2 por cento que o CDS?


A minha obrigação é tentar que o CDS fique à frente do PCP e do BE.


Na campanha para a liderança do CDS apresentou como uma prova da má liderança de Ribeiro e Castro o facto de o partido estar atrás do BE nas sondagens. Consigo, ficou mesmo atrás do BE nas europeias.


O CDS nas europeias teve muito mais votos do que as pessoas pensavam, e demonstrou o falhanço das sondagens. Ficámos a dois pontos e pico do BE e a um ponto do PCP. Nestas eleições tenho três objectivos: terminar com a maioria absoluta de um só partido, contribuir para uma mudança e fazer crescer o CDS. E acho que a minha obrigação é tentar que o CDS fique à frente do BE e do PCP. É importante para o país que o CDS fique em terceiro. Do ponto de vista dos problemas principais do país, o CDS é muito mais resposta do que esses partidos. É importante do ponto de vista da economia, da segurança, da estabilidade dos valores sociais em Portugal, que o CDS fique è frente deles. Vou lutar por isso, sendo que o meu adversário, obviamente, é o governo do PS.


Já esteve num governo com Manuela Ferreira Leite. Acha que ela tem capacidade para ser primeira-ministra?


O PSD fez a sua escolha, existem vários candidatos a primeiro-ministro, não vou fazer distinções subjectivas entre eles. Mas podemos falar daquilo em que o CDS e o PSD têm diferenças significativas. Sócrates diz que é um erro baixar impostos, o PSD diz que não vai aumentar impostos - na prática, qual é a diferença? Ambos parecem renunciar à política fiscal como instrumento de estímulo ao crescimento económico e à retoma da economia. Em matéria de segurança, o PSD infelizmente está cativo de uma escola de direito penal que é exageradamente garantística, e cujas leis contribuem para que o ordenamento legislativo favoreça a insegurança - nisso PS e PSD juntaram-se. Na imigração votaram a mesma lei, nós não. “É importante do ponto de vista da economia, da segurança, da estabilidade dos valores sociais em Portugal, que o CDS fique è frente do BE e do PCP”


Sobre imigração: quem o ouve fica com a ideia de que ainda imigra muita gente para Portugal.


A verdade é que Portugal passou a ser um país de imigração, há mais portugueses a sair à procura de trabalho do que estrangeiros a entrar.


Não é demagógico e intelectualmente desonesto agitar a bandeira da imigração?


Não. É uma política pública que tem que ser discutida como outra qualquer e sobre a qual não pode haver tabus.


Falou do saldo, que é a diferença entre os que chegam e os que partem - não quer dizer que haja menos imigrantes a entrar.


O discurso do CDS, em matéria de imigração é inteiramente confirmado pela realidade. A política de imigração tem que estar relacionada com as oportunidades de trabalho no país. Se tem crescimento económico, pode ser mais aberto; se tem estagnação, tem que ser mais cuidadoso; se tem recessão, tem que ser mais restritivo. Não tenho nenhuma dúvida sobre o contributo da imigração, quer do ponto de vista demográfico, quer do financiamento dos sistemas sociais, não tenho nenhuma dúvida quanto à dignidade da integração daqueles que têm um visto dado pelo Estado português. O que peço é uma política sensata que alinhe pela política de imigração europeia, e isso significa não prometer às pessoas o que o Estado português não pode dar.


Vai ter algum cartaz nesta a campanha a defender que não entrem imigrantes enquanto houver desempregados portugueses?


Nunca tive. Vamos ter um cartaz no dia em que esta entrevista sair, dizendo que há cada vez mais pessoas que pensam como nós. Incluindo neste ponto.


"Todo aquele discurso de ligação da imigração à criminalidade só tem uma explicação: tentar captar os votos mais extremistas e desinformados (...) É um discurso que ultrapassa o aceitável", que "resvala para o extremismo". Sabe quem disse isto sobre o seu discurso?


Sei e já falei com ele sobre isso.


Foi Ribeiro e Castro, que denunciou esse simplismo da ligação entre imigração e criminalidade.


Penso que o CDS tem vantagem em integrar diferenças e já falei com ele sobre isso. Não estou a ser nada simplista. Portugal deve ser também aí um Estado exigente. Quem tem um título de imigração, contribui para a riqueza do país, trabalha e paga contribuições, tem todo o direito a ser integrado; pessoas que se prevaleçam de um título de imigração dado pelo Estado português, o que é um acto de confiança, e violem as leis portuguesas e sejam apanhadas em flagrante delito, o que pedimos é que sejam julgadas rapidamente.


Diz que a experiência de governação de Sócrates já acabou - já não lhe daria o benefício da dúvida, viabilizando o programa de governo do PS?


Não. Eu acho que o CDS foi a melhor oposição ao PS, acho que uma parte da votação que o CDS vai ter tem a ver com os fundamentos dessa oposição ao PS. Não faria nenhum sentido a seguir às eleições deixar de ser coerente.


Os cartazes do CDS, sobre criminalidade, rendimento mínimo, a "protecção" do BPN, parecem o regresso ao discurso de nichos que tinham em 2002. Onde é que está a renovação de discurso que prometeu?


Sobre nichos o que posso registar é que os cartazes do PS são sobre políticas concretas e ninguém lhes chama nichos. A questão do rendimento mínimo tem a ver com a valorização do factor trabalho, que é porventura a ideia central do programa do CDS. Vivemos num país onde um jovem que há um ano tinha contrato de trabalho e o perdeu, não tem subsídio de desemprego. E ao mesmo tempo pode ter um jovem que pura e simplesmente não quer trabalhar porque está com o rendimento mínimo na mão. O rendimento mínimo está a tingir 500 milhões de euros/ano, o crescimento é exponencial.


O CDS quer poupar dinheiro aí, nesta conjuntura?


Não, não. Se a prestação for transitória e para situações objectivas de necessidade, não há nenhuma pessoa humanista que seja contra, a começar por mim. Se se transformar num modo de vida sem trabalhar e sem pagar impostos, isso é uma perversão de uma política social. A margem oficialmente reconhecida de abuso e fraude no rendimento mínimo é para cima de 20% - se fizer uma fiscalização a fundo pode deslocar um quarto da verba do rendimento mínimo para pensões mais baixas. Por outro lado, dou um exemplo do padre Maia: uma parte do rendimento mínimo pode ser dada em géneros. Why not?


Sobre outro cartaz: quais são os direitos que os criminosos têm a mais em relação aos polícias?


Teve esta semana um excelente exemplo: dois polícias são agredidos na Amadora, põem um processo, há condenação, os agressores apresentam atestado de pobreza, as custas judiciais vão para os polícias. Que extraordinário Estado de Direito em que a agressão a dois polícias termina no pagamento de custas pelos polícias, tendo sido condenados os agressores!


Leis injustas há muitas, mas esse caso seria igual se os agredidos não fossem polícias.


Mas há um problema de protecção das funções de autoridade em Portugal, com o qual a esquerda liga mal. E que permite às pessoas terem uma quase certeza de que há impunidade. Dou-lhe o primeiro de todos os exemplos. A polícia apanha um delinquente em flagrante delito, leva-o a tribunal; a lei permite, mas não obriga, o julgamento rápido em 48 horas; em 90% dos casos o julgamento não se faz, o delinquente sai, na melhor hipótese tem obrigação de se apresentar às autoridades, deixa de se apresentar, volta a cometer crimes e o próximo é mais grave.


Nesta legislatura vão voltar a ser discutidas várias questões de costumes, como o casamento de homossexuais. Qual será a sua posição?


Não estará à espera que o CDS venha a defender o casamento. Isso, o CDS votará contra. Agora, discutir o contrato civil, não tenho qualquer problema. Outro ponto relevante: estaremos contra a eutanásia, indiscutivelmente, por uma questão de princípio; ao mesmo tempo estamos contra práticas de encarniçamento terapêutico, a favor dos cuidados paliativos e de uma boa lei de testamento vital.


Não o choca a lentidão da investigação do caso Freeport?


Com certeza. Se pudesse ter sido resolvido em tempo, era a benefício do país inteiro. Há muitos anos que não me ouve dizer aquela frase muito proverbial 'eu confio na justiça', que os políticos dizem semana sim, semana não.


Não diz porque não confia?


Não digo porque não sou capaz de dizer.


Já foi ouvido no caso dos submarinos?


Não, seja lá o que ele for. Já lá vão seis anos e nunca fui ouvido. O que é que eu hei-de fazer? A desolação com o sistema judicial é de tal ordem que acho que as pessoas também já começam a desconfiar.


Tem certeza de que não tem nenhum arguido nas listas?


Tive esse cuidado quando as listas foram feitas. Embora isso dependa de um juízo político. Eu tenho uma posição sobre isso diferente da do BE e do PCP. Depende da gravidade em concreto de cada caso, mas acho que quando há uma sentença de um tribunal, mesmo que não seja um tribunal superior, por crimes que têm a ver com o exercício de funções públicas, deve ter uma consequência.


O que acha deste episódio entre Belém e São Bento sobre uma eventual vigilância da Presidência da República?


Acho que o assunto deve ser encerrado entre o PR e o PM sem delegar em mais ninguém.


Não o espanta o facto de o PR ainda não ter dito nada sobre o assunto?


Espantou-me que o PS fizesse disso uma arma política, porque isso pode porventura significar uma tentativa de intimidar o PR. O que me surpreende é que toda a vida os consultores de vários presidentes tiveram actividade cívica e isso nunca causou nenhuma surpresa - lembro-me na presidência de Mário Soares, de Jorge Sampaio, lembro-me nesta presidência. Se as regras são mais restritivas ou mais abertas isso compete ao PR definir.


Há algum assessor da Presidência da República a colaborar consigo?


Não, mas já pedi a título pessoal opiniões a vários. São pessoas que eu estivo, que gosto de ouvir, que conhecem os dossiês.


Para além de Sevinate Pinto?


É público que sou amigo dele e tenho enorme consideração pela visão que tem da agricultura. Mas se às vezes faço algum contacto pessoal com pessoas que por acaso também trabalham na Presidência, não o vou revelar publicamente.


O CDS tem um centro de sondagens?


O melhor barómetro que eu tenho é a rua. E há uma coisa que posso garantir: eu não gasto um tostão a encomendar sondagens.


Há quanto tempo não fala com Luís Nobre Guedes?


Há um tempo...


Ele faz falta?


Faz. Mas há momentos da vida em que as pessoas estão mais de acordo e menos de acordo.


O que é que impediu um acordo entre o CDS e o PSD antes das eleições? Nobre Guedes propôs isso.


São partidos diferentes, as nossas diferenças vão a votos, o que só prova que cada um tem o seu espaço. Em todo caso, ninguém o propôs.


Surpreendeu-o a ida de Maria José Nogueira Pinto para as listas do PSD?


Não.


Nestas eleições concorrem contra o CDS um ex-líder, Manuel Monteiro, e uma ex-líder parlamentar, Nogueira Pinto. O que pensa disso?


Nada.


O que é que isso diz sobre o CDS?


Não acho que isso impressione, o CDS vai crescer. Eu acho que o eleitorado aprecia a coerência.


Defende a baixa de impostos?


Acho uma irresponsabilidade renunciar, como aparentemente o primeiro-ministro já fez - o PSD veremos -, a uma política selectiva de moderação de impostos e de redução da cara fiscal como instrumento de injecção de confiança e relançamento da economia. Não baixar impostos é agravar a crise e atrasar a retoma. A questão já não é sequer doutrinária. Há um momento em que se vai fazer a transição entre a recessão e alguma recuperação. Será necessário utilizar a política fiscal nesse momento.


Compromete-se com que redução de impostos?


O programa ainda não está concluído, mas nos impostos sobre empresas, e muito selectivamente para PME, e ainda mais em relação àquelas que exportam, temos que rever o pagamento especial por conta (pelo menos suspender e rever as regras, que são muito injustas) e moderar selectivamente os pagamentos por conta. Também há coisas práticas relativamente à devolução do IVA e à compensação de créditos entre dívidas do Estado e dívidas ao Estado que têm que ser resolvidas depressa. Relativamente às famílias, um ponto que eu gostaria que entrasse na próxima legislatura é a questão do quociente familiar. Actualmente marido e mulher somam rendimentos, dividem por dois e depois há uma pequena dedução por cada filho. As melhores práticas da UE, quer do ponto de vista económico quer demográfico, apontam para um desconto por filho no IRS bastante mais significativo. Por exemplo, em França um casal com um filho divide o rendimento familiar por três. Se conseguirmos ir pelo menos até 0,5 na próxima legislatura há gente que baixa de escalão, há gente que passa a ficar isenta. Outra coisa que não é possível fazer de um dia para o outro é a simplificação do sistema fiscal. A maioria dos países com quem Portugal compete, e da nossa dimensão, não tem sete escalões - tem três ou quatro escalões. Com o nosso sistema sistema, quem quer trabalhar mais não tem incentivo a fazê-lo, porque dá um salto para o escalão de cima e vai entregar mais ao Estado. Eu gostaria de apontar, a prazo, para um IRS bastante mais simples com três, no máximo, quatro escalões. O sistema fiscal tem que permitir a mobilidade social.


A economia é o centro desta campanha?


A questão do défice e da economia não são antinómicas e são ambas importantes. O ponto é saber se o próximo governo vai dar mais importância à questão da economia ou do défice. A senhora Merkel anunciou que só vai cumprir o défice de 3% em 2013, inclusive. Eu acho que a escolha tem que ser claríssima em favor de dar mais importância à economia, o que significa focar completamente a política económica na maioria das empresas portuguesas, que são micro e pequenas empresas e valorizar o factor trabalho.


Sentiu de alguma maneira, ao nível de financiamentos ou de apoios, que houve gente de direita que não gostou da atitude do CDS sobre o que se passou na banca, nomeadamente em relação ao BCP?


Sim, claro. Chamo a atenção que o CDS foi o único partido do arco democrático que não ficou em silêncio nem no caso BCP, nem no BPP nem no BPN.


Isso deveu-se ao ódio do CDS em relação a Vítor Constâncio, desde o dia em que ele apurou o défice de Bagão Félix.


Não é por aí. O ponto é saber se o país tem um governador do Banco de Portugal em quem possa confiar, e não tem. E eu não o vi até hoje assumir um erro - que confiança é que isso oferece a quem queira ter a certeza de que nos próximos anos não há um erro semelhante? Aí também há uma leitura diferente entre o PSD e o CDS, o CDS é mais independente.


Pelo historial dos envolvidos, chocou-o mais o BCP do que o BPP e o BPN?


Surpreendeu-me e chocou-me. A economia de mercado funciona com o princípio básico de confiança. Houve em certas margens do sistema financeiro permeabilidade a más práticas que punham directamente em causa o princípio da confiança. Temos que meditar sobre o facto de, no espaço de pouco mais de um ano, a economia portuguesa ter vivido no sistema financeiro estes três casos. São muito diferentes, mas têm um ponto em comum: a leitura minimalista que a actual administração do BdP tem dos poderes de supervisão. O que eu acho é que a economia portuguesa não tem escala para ter um quarto caso.


Não lhe fez confusão que na comissão de inquérito às vezes o discurso de Nuno Melo não andava longe do de João Semedo ou Honório Novo?


Mas o discurso sobre um crime ou uma fraude é diferente ideologicamente? É crime, parágrafo. Sobre isso ou há um discurso corajoso ou há um discurso cobarde, não há um discurso nem de direita nem de esquerda. Aí o "centrão" é tímido.»

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Uma pergunta, sra. Ministra da Educação!...

Depois de também ficar-mos a saber da obsessão da sra. Ministra da Educação, pelas estatísticas sobre a redução das taxas de chumbos nos ensinos secundário e básico, será que esta também está em condições de nós dizer e garantir que os aspectos qualitativos, nomeadamente a avaliação das escolas, dos programas e manuais escolares também tem resultados positivos?

Será que a sra. Ministra Maria Lurdes Rodrigues, consegue também afirmar e garantir com números que a exigência, o mérito e o rigor, dentro da sala de aulas também foram elevados e salvaguardados?


Parece-me tendo em conta o que é conhecido do sector educativo deste País, que afinal as tais estatísticas do Ministério de Educação, afinal não aferem o que mais interessa aferir: se os alunos do ensino básico e secundário estão afinal melhor preparados.


Acho que qualquer um de nós tendo em conta a balburdia que tem sido estes últimos anos na educação no País, sabe em consciência que não!...


O pior meus amigos é que na Madeira, onde temos Autonomia, afinal também não esta melhor. Que tristeza!


Se continuar-mos assim estamos a hipotecar o futuro do País e dos nossos filhos. Pena!...


Cavaco veta às alterações à lei das uniões de facto

Como devem já ter reparado tenho por diversas ocasiões criticado posições políticas do Presidente da República, mas desta vez confesso, que estou muito satisfeito por ele ter vetado a tentativa do PS / BE / PCP de alterarem a Lei das Uniões de Facto.

Para ser curto e rápido, não concordo com esta alteração porque acima de tudo, esta era uma tentativa de transformar aquela opção de vida numa "espécie de casamento".


Depois, porque na prática aquilo que de bom existe nas uniões de facto ia perder-se. Portanto tentou-se para facilitar a vinda da tal lei dos casamentos homossexuais, dar cabo de uma lei que embora tendo algumas questões negativas, permitia que duas pessoas quando decidiam viver juntos, lhes fosse reconhecida essa relação, sem as responsabilidades de um casamento. Senão para que uma lei para legalizar as uniões de facto?


Portanto a esquerda tentou transformar o casamento numa espécie de união de facto e a união de facto num casamento. Com as consequências que hoje conhecemos, sempre tendo como objectivo último desbravar caminho para os casamentos homossexuais. Ainda bem que não conseguiram!...


Daí achar muito bem o veto presidencial.

O novo cartaz do CDS


Muito bom!...


«Paulo Portas acusa Sócrates de ser insensível às dificuldades dos portugueses em crise»

O líder do CDS/PP, Paulo Portas, acusou sábado José Sócrates de ser insensível às dificuldades dos portugueses, ao decretar o princípio do fim da crise na véspera de se saber que existe meio milhão de desempregados em Portugal.

“Nunca se tinha visto na nossa democracia um primeiro-ministro tão desconhecedor da realidade, tão insensível às dificuldades e tão inconsciente dos factos da vida como eles realmente são”, disse Paulo Portas em Aveiro, no comício de ‘reentré’ política do CDS/PP.


Para além de considerar que Sócrates “não reconhece os problemas e não percebe as suas consequências”, Paulo Portas questionou, referindo-se ao que chefe do executivo, se já nasceu um primeiro-ministro com responsabilidades no aumento de “todos” os impostos, nos crescentes números do desemprego e falências de empresas, na desmotivação dos professores, empobrecimento do país, entre outros “erros”. “Já nasceu sim senhora, chama-se José Sócrates”, argumentou.


Perante cerca de meio milhar de pessoas, Paulo Portas reservou a primeira parte de um discurso com quase uma hora para criticar o Governo, manifestando-se convicto de que, daqui por 38 dias, a 27 de Setembro, data das eleições legislativas, o executivo de José Sócrates será “passado”. “Faltam 38 dias para os portugueses colocarem José Sócrates e a sua maioria absoluta no passado e para Portugal poder mudar para melhor”, disse Paulo Portas.


Considerou o “valor fundamental da segurança” como aquele que a governação socialista “mais colocou em crise”. “Sócrates não percebe que deixa um país inseguro quanto ao emprego, inseguro quanto ao investimento, inseguro quanto à poupança, inseguro quanto à justiça e a sua impunidade, inseguro quanto à criminalidade”, alegou Paulo Portas.


O líder do CDS/PP, Paulo Portas, defendeu ainda a prioridade ao crescimento da economia e criação de emprego face ao combate ao défice das finanças públicas. “Primeiro a economia, primeiro o emprego, primeiro as empresas. A velocidade de redução do défice será sobretudo a velocidade e a intensidade com que conseguimos colocar a economia portuguesa a crescer”, disse, num comício em Aveiro, o líder do CDS/PP. “Não se trata de um dilema, é uma ordenação de prioridades”, frisou. Justificou que uma economia a crescer gera receita “e essa receita ajuda a equilibrar as finanças dos país”, disse.


Segundo Paulo Portas, quem, ao contrário do CDS/PP, der prioridade ao combate ao défice “inevitavelmente aumentará impostos ou congelará salários”. “É uma receita que eu não aconselho. Não mói o défice mas arrisca-se a matar a economia real”, observou.


Preconizou mais apoios às micro, pequenas e médias empresas, defendendo que as linhas de crédito “não podem ter condições impossíveis”. “E precisamos de uma Caixa Geral de Depósitos completamente orientada para o crédito às micro, pequenas e médias empresas portuguesas. Não queremos uma Caixa Geral de Depósitos orientada para pôr a mão debaixo dos BPN e BPP desta vida à custa do contribuinte e de quem trabalha”, frisou Paulo Portas.


Disse ainda que o país precisa “naturalmente” de uma supervisão “verdadeiramente competente” do sistema financeiro para este ser saudável, condição “essencial” para o funcionamento da economia e “esperanças” das famílias. “Uma das coisas que o primeiro-ministro não compreende é que é muito mais importante ter uma supervisão que detecta as fraudes a tempo e evita as rupturas a tempo, do que proteger um camarada que por acaso esteja na supervisão”, acusou Paulo Portas, referindo-se ao Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.


No discurso, Paulo Portas passou em revista algumas das ‘bandeiras’ eleitorais do CDS/PP, para além da economia e emprego, a autoridade do Estado, a justiça, educação e políticas sociais, entre outras.


Na próxima semana, dia 30, os democratas-cristãos vão apresentar o programa eleitoral, com o apoio às Pequenas e Médias Empresas, a Segurança e a Justiça entre as suas prioridades. Os objectivos do programa eleitoral do CDS-PP, dividido em 16 capítulos, estão disponíveis desde há cerca de dois meses no "site" do partido na Internet para consulta e para receber propostas.


Paulo Portas, desafiou também a Justiça a explicar o que aconteceu no caso da libertação de alegados assaltantes de uma ourivesaria, o ano passado, em Viana do Castelo, devido a um erro processual. Paulo Portas aludiu a situações de impunidade em Portugal, frisando que os portugueses “sentem que o Estado não assume responsabilidades”. Deu o exemplo do assalto violento a uma ourivesaria, em 2008, em Viana do Castelo, que envolveu trocas de tiros com a Polícia e cujos alegados assaltantes acabaram libertados devido a um erro processual. “Quem assume responsabilidade por esse erro processual?”, inquiriu Paulo Portas. E continuou: “Um órgão superior de justiça deveria ter a coragem de dar uma explicação sobre esta matéria”, defendeu. Segundo o líder centrista “quando o Estado é negligente, quando o Estado erra, quando comete manifestos erros, as suas vítimas, os seus prejudicados têm todo o direito de ser indemnizados”.“E os agentes que os cometem tem de ser responsabilizados”, defendeu.


O presidente dos democratas-cristãos deu outro exemplo, o do caso dos seis doentes que cegaram, há cerca de um mês, no Hospital de Santa Maria “por causa de um erro”. “Errar é humano, pode suceder. O que não pode suceder é que um mês e tal depois essas seis pessoas, os doentes daquele hospital e os utentes do Serviço Nacional de Saúde ainda não saibam, porque nenhuma instituição do Estado foi capaz de o dizer, o que é que aconteceu”, criticou Paulo Portas”.


Fonte: Público

Imagem: CDS/PP

domingo, 23 de agosto de 2009

Aqui pela 3ª vez!: «Sem Eira nem Beira» - Dedicado ao "ultra-sócratico" Miguel Fonseca

São estes os valores que o PS quer incutir na Juventude Portuguesa??!... Não obrigado!!!...



É isto que Sócrates quer para a juventude Portuguesa?

São estes valores?

Linda mandatária para a juventude arranjou Sócrates. Pode ser uma bela mulher, mas como referência façam-me o favor!...

Mais uma vez temos que dar a volta a isto e por esta gente fora do Governo de Portugal!...

Nota: Parabéns ao pessoal do BE, que fizeram este vídeo, mas não me parece que as referências também sugeridas pelo BE, sejam as melhores para a juventude portuguesa. As causas ditas fracturantes que estes defendem também mostram o vazio e a falta de valores que deveriam ser incutidos aos mais novos.

Mudar é preciso, mas assim também não!...

sábado, 22 de agosto de 2009

CDS apresentou seus Candidatos ao Funchal



Ontem foram apresentados os principais Candidatos do CDS aos diversos órgãos autárquicos do Funchal e tal como o disse o primeiro Candidato a Câmara, meu amigo Lino Abreu, “esta é a melhor equipa que temos, com provas dadas, a nível empresarial e pessoal".


Como já foi anteriormente anunciado, para além de Lino Abreu, primeiro candidato a CMF, temos a seguir, Filipe Cravo, Luísa Gouveia e Rui Barreto, sendo que para a Assembleia Municipal candidata-se Luciano Homem de Gouveia.


Importa referir que os Candidatos as Assembleias de Freguesias são:


Para a Sé surge Fernando Luís, para a de São Pedro está Roberto de Jesus, para a Junta de Santa Luzia o candidato é Maria de Sousa.


Já para a Junta do Imaculado Coração de Maria o nome apontado é Ludgero Garcia de Barros, para Santa Maria Maior está Eleutério Quintal. Quanto a São Gonçalo foi escolhido o nome de Rita Maria Fernandes, João Paulo Ferreira é o candidato à Junta de Freguesia do Monte. Quanto à Junta de São Roque Élvio Dantas foi o nome apontado, para Santo António está Maria Brazão e, por fim, para a Junta de São Martinho o candidato é Marco Rodrigues.


Pela minha parte desejo uma boa campanha que sirva para mostrar aos Funchalenses as nossas propostas e claro desejar também os melhores resultados, certo que todos estes candidatos vão empenhar-se para os obter.


Aos que queiram ver o vídeo da apresentação, fica aqui o link ao blog da Luísa Gouveia "Folhas Soltas" e também deixo o link da notícia hoje publicada pelo Jornal da Madeira, sobre esta apresentação.


Boa Sorte!...


Imagem: Diário Cidade.
Fonte da Informação: Jornal da Madeira

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Paulo Portas quer viragem radical na política económica

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje que só o seu partido está disponível para praticar impostos mais moderados e aliviar a pressão fiscal sobre as pequenas e médias empresas.

No mercado semanal de Castelo de Paiva, que o líder do CDS-PP e candidato a deputado por Aveiro visitou hoje, Paulo Portas afirmou: «Defendo uma viragem radical na política económica a favor de quem quer trabalhar, de quem trabalha e de quem cria emprego».


Paulo Portas considera que o Governo tem duas opções: «Ou o Estado continua a exigir impostos altos a pequenas e médias empresas que não aguentam esta situação económica – e ficam perante o dilema «ou pago aos meus trabalhadores, ou pago ao Estado» – ou «o Estado percebe que para salvar empregos é preciso salvar empresas e tem que mudar radicalmente a sua política económica».


Rejeitando comentar a entrevista da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que quinta-feira se mostrou receptiva a uma aliança com o CDS, Paulo Portas afirmou: «Vejo o PS dizer que não baixará impostos e o PSD a comprometer-se que não os aumentará. Recordo que nos últimos quatro anos os impostos subiram todos, um por um, e a pressão fiscal subiu de 34 para 38 por cento. Por cada 100 euros de riqueza criada por quem trabalha e investe, o Estado vai abocanhar 38 euros».


«Por causa das fraudes e dos crimes que foram praticados em certas instituições, este Governo já meteu nos BPN’s desta vida, mais de 2.500 mil milhões de euros», recorda o líder do CDS-PP, «enquanto quem faz avançar a economia, que são as PME, tem cada vez mais falências».


Para Paulo Portas, o voto nos candidatos populares tem duas vantagens: «As pessoas sabem que o CDS é o partido em que os deputados trabalham mais – cada um dos nossos apresentou mais de 210 iniciativas só no último ano, cada um do PSD oito e cada um do PS seis – e sabem que é o partido que vai gastar menos».


«Eu sempre disse que uma política de impostos altos vira-se contra a economia», observa. «Num momento de transição das dificuldades para alguma esperança, vai ser preciso injectar confiança, dinheiro e investimento na economia, o que significa que uma política de impostos mais moderada favorece a sobrevivência das empresas, a manutenção do emprego e o aumento da actividade económica, e, portanto, da receita».


No distrito de Aveiro especificamente, Paulo Portas diz que a sua «preocupação fundamental é saber se dentro de poucas semanas as empresas vão abrir com o mesmo número de trabalhadores, se conseguem aguentar a actividade ou se vai haver um novo surto de desemprego».

Freeport: depositados 200 mil euros nas contas de Carlos Guerra

Uma investigação judicial ao caso Freeport descobriu depósitos de 200 mil euros, em 2002, nas contas bancárias de Carlos Guerra, ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza, então dependente do ministro do Ambiente, José Sócrates.

A notícia é avançada hoje pelo semanário “Sol”.


Foram feitos diversos depósitos, em numerário ou por transferência, durante e após o processo de viabilização do centro comercial, indica o semanário, numa peça assinada pela jornalista Felícia Cabrita.


Os depósitos totalizaram a quantia de 200 mil euros e “indiciam que poderão ser contrapartidas pecuniárias pelo licenciamento do ‘outlet’ de Alcochete”, indica o semanário.


De acordo com o “Sol”, Carlos Guerra alegou, nas declarações já prestadas no processo, que o dinheiro se referia a partilhas antecipadas que o sogro foi obrigado a fazer após a falência de uma sua empresa – uma explicação considerada frágil.


Fonte: Público

Porto Santo: Avião da SATA aborta descolagem após incêndio num dos motores

Um avião da SATA abortou hoje a descolagem no aeroporto do Porto Santo, na Madeira, devido a um incêndio registado no motor direito do aparelho.

Um passageiro sofreu ferimentos ligeiros quando abandonava o avião.O voo SP1691 foi o primeiro da manhã, e, como habitualmente, preparava-se para fazer a ligação ao Funchal às 08h40, com 14 pessoas a bordo, quando um incêndio no segundo motor do avião obrigou a abortar a descolagem.


Fonte: Público

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ligação Curral das Freiras - Boaventura, não é para mim prioritária

O candidato do PS a Câmara de Cª Lobos, no seu blog mostra-se disponível para apoiar uma proposta, a muito abandonada e recentemente ressuscitada pelo candidato do PND, de ligar o Curral das Freiras a Boaventura.

Como acredito que é do debate e da discussão que se esclarecem as populações e a opinião pública, aqui neste meu espaço direi o que penso sobre este assunto, aberto também a ver o que os restantes candidatos pensam sobre isto.

O Carlos Gonçalves refere que valoriza a reivindicação das populações e por isso vai aprofundar esta questão, dando a certeza que defenderá esta ligação como uma prioridade do seu programa, tal como o disse o José Manuel Coelho do PND, que como se sabe avança nesta candidatura para dar uma ajudinha ao PS!

Sinceramente, das diversas vezes que contactei com pessoas do Curral das Freiras, nunca veio a discussão esta ligação como sendo fundamental para a Freguesia e para o seu desenvolvimento futuro. Sempre ouvi das pessoas, a vontade de terem uma outra saída, que nos dias de tempestade ou de fecho de trânsito daquela que é a actual saída (para o Funchal), lhes servisse de alternativa. Agora para Boaventura não!..

E é estranho dizer-se que são as populações a quererem esta ligação a Boaventura, porque é uma ligação extremamente distante do Funchal e de Câmara de Lobos. Depois porque o argumento de favorecer o turismo, sinceramente não é muito forte, tendo em conta que o principal problema de ligações estáveis no inverno, nos dias de tempestade e de fecho da estrada ao Funchal, ficam sempre comprometidos, pelo que pensar que as ditas camionetas de turismo vão esperar por turistas no Curral provenientes do norte da ilha que utilizem as levadas, não parece-me sustentável. Depois falamos de poucos meses do ano em que esta solução “turística” teria efeitos na economia local, com a passagem destes turistas, nada diferente do que acontece agora.

Para mim a ligação ao Curral das Freiras, deverá ser com a sede do Concelho de Câmara de Lobos, podendo aqui ser discutida as várias opções existentes. Eu não escolho nenhuma sem as conhecer do ponto de vista técnico-financeiro. Interessa é que se faça com os menores custos possíveis.

Acredito mais na viabilidade desta ligação, porque se ligar esta Freguesia a uma localidade do Concelho de Câmara de Lobos, vai permitir trazer e levar os tais turistas do Curral das Freiras para Câmara de Lobos e vice-versa. Teoricamente mais hipóteses de ter mais tempo os turistas no Concelho. Permite também que virando o Concelho para o Turismo como nós propomos, se estruturem roteiros turísticos geradores de riqueza para o Município. Aproveitar todo este potencial é fundamental para produzir riqueza e emprego.

Além disto, uma ligação directa e interna entre Câmara de Lobos e o Curral, permitirão poupar muitos meios financeiros ao Município, tendo em conta a poupança de tempo e km, que esta solução permite, para além de poder potenciar o desenvolvimento empresarial, permitindo as populações do Curral, mais hipóteses de emprego, que actualmente, praticamente só se limitam ao Funchal, porque trabalhar fora deste Concelho implica sempre mais um passe e por consequência mais custos para as pessoas. Assim a mais opções. Sinceramente acho mais vantajoso ligar o Curral a Câmara de Lobos do que a São Vicente (via Boaventura), acho que mesmo assim, Cª Lobos tem mais oportunidades de futuro. Muitas portas poderão ser abertas com esta ligação!

Agora por de parte totalmente essa ligação a Boaventura, logicamente que não, mas para agora não! Há outras prioridades.