quinta-feira, 10 de junho de 2010

JMR: "Novo Hospital é a maior mentira do Governo em 30 anos"

O líder regional do CDS-PP deu uma conferência de imprensa, esta manhã, para tecer duras críticas à decisão do Governo Regional de não candidatar o novo Hospital do Funchal a Programa de Interesse Comum a financiar pelo Estado. José Manuel Rodrigues lembra que há mais de dez anos que o Governo do PSD anuncia a construção da nova unidade hospitalar que, agora, deixa de ser prioridade. Agora, o hospital só poderá entrar nas contas de 2012.
O CDS-PP acusa o Governo de "enganar os madeirenses" e só encontra uma explicação para esta decisão, anunciada ontem pelo secretário regional do Equipamento Social: "o Governo Regional do PSD acordou com o Governo Central do PS a não candidatura da construção do novo hospital, vendendo esta obra de grande importância para a Madeira, por um punhado de euros para gastar a seu belo prazer em despesas correntes inúteis".
O novo Hospital é considerado por José Manuel Rodrigues "a maior mentira do Governo Regional do PSD nos seus 30 anos de governação".

Fonte: DN-Madeira
 
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É lamentável que este GR venha adiando as obras que são verdadeiramente necessárias a nossa Região. É impressionante que se gastem autenticas fortunas para o futebol (estádios e outros), para concertos (Rock in Rio - Lisboa) e outras tantas obras desnecessárias. Isto para não falar dos Deputados do PSD na República que sobre isto nem uma palavra inclusive a Presidente da JSD, que na campanha eleitoral disse que esta era uma bandeira da jota que preside(?) Pois!... agora já percebemos!...
 
Por outro lado não deixo também de salientar a vergonhosa atitude do PS, que sobre esta matéria apenas lamentam-se e nada fizeram lá e cá para que a Madeira tivesse um novo hospital. Mais uma vez pergunto para que tem servido um deputado do PS na Assembleia da República? Para nada...
 
 
Por cá apenas os lamentos e nada mais... Ninguém (no PS e no PSD), bate o pé ao Sócrates e a Jardim. Isto para não falar da falta de influência política do Secretário de Estado Bernardo Trindade, que embora sendo Madeirense e pertencer ao Governo da República nada fez (pelo menos que se saiba) para que a nossa Região tenha um novo hospital.
 
Por isso e mais uma vez PS e PSD são farinha do mesmo saco!...

Imagem: DN-Madeira

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Eduardo não leu bem!...

O bloguista social-democrata Eduardo Freitas, que recentemente tem dedicado muito do seu tempo em tentar por todos os meios quase que por vingança, por em causa tudo o que tenha origem no CDS, muitas das vezes ultrapassando barreiras do minimamente aceitável quando se discutem opiniões ou políticas e não pessoas.

Veio hoje na sua ansia de a qualquer custo por em causa mais uma medida do CDS, referir o seguinte relativamente ao anuncio de Paulo Portas sobre o acesso ao Rendimento Social de Inserção de pessoas com cadastro:

«Eu sou a favor que as pessoas quando saem da prisão, mereçam uma segunda oportunidade, logo devem receber o Rendimento de Re-inserção Social. Mas com tempo limitado... Agora esta situação das pessoas cadastradas, será que merecem ser excluídas?
 
Pelos vistos ouviu ou leu mal!...
 
Logicamente que no CDS qualquer um de nós também acha que qualquer individuo que tendo cumprido a sua divida para com a sociedade deve ter direito a uma segunda oportunidade, a questão não é essa. Basta ler o que de facto foi dito para perceber que o que se propõe é bem diferente:
 



Isto caro Eduardo, vem em sequência da operação da PSP de Lisboa que deteve esta semana 13 pessoas suspeitas de traficar armas, a maioria das quais estava a receber o Rendimento Social de Inserção.

Se isto é legitimo assim Eduardo, estamos bem arranjados!...

Ou achas que não? Roubem, matem, trafiquem, que para além do que ganham da actividade criminal o Estado vai comparticipar com o RSI(?)!!!...

É que no final de contas o que importa neste País é encontrar culpados no CDS para os males deste País!... Tipo a "estória" fabricada em certos Partidos e Jornais sobre os submarinos e coisas parecidas, não é??!...


Imagem: CDS-Lisboa

Passos Coelho defende limites para reformas. E a situação de AJJ como fica então?!!....

O Presidente do PSD, Passos Coelho disse ontem o seguinte:


Pergunto então: Será que considera correcto que Alberto João Jardim possa continuar a acumular com o seu salário uma reforma que minima não é?

Pois para os outros pode ser! E para eles??!...

Este é mais um demagogo barato!...

«Onde chega a miséria moral da esquerda jacobina que temos»

Quando José Sócrates, na RTP, afirmou com arrogância que não tinha de pedir desculpas a ninguém pelo aumento de impostos e cortes nas prestações sociais isso não traiu apenas o seu detestável carácter, antes surgiu como uma consequência lógica do posicionamento intelectual da velha esquerda jacobina. O nariz levantado do primeiro-ministro apenas torna mais evidentes os pecados de uma cultura política que se julga ungida pela clarividência histórica. A teimosia cega do chefe do Governo é filha da mesma forma de estar na vida pública de todos os que, por se julgarem informados de forma objectiva e "científica", sempre acreditaram que podiam dominar e dirigir a sociedade - se necessário contra a vontade da sociedade.
É que, ao contrário do que José Sócrates não se cansa de repetir - como se repetindo mil vezes uma mentira dela fizesse uma verdade -, o mundo não mudou em 15 dias. O céu que caiu em cima da moleirinha atrevida do nosso primeiro-ministro há muito que estava carregado de nuvens, há muito que anunciava uma tempestade que os mais avisados tinham visto chegar. Não quis reconhecer que ela estava aí, talvez por acreditar genuinamente que as medidas do seu Governo, comprovadamente erradas e eleitoralistas, eram as melhores e as mais geniais.
Ao contrário das figuras públicas que não confundem autoconfiança com omnisciência e poder ilimitado, ou dos que acreditam nas virtudes da humildade democrática, os modernos filhos da tradição jacobina nunca estão ou estarão preparados para assumir um erro ou corrigir voluntariamente o seu rumo. Sócrates nunca sentirá que deve pedir desculpa, nem admitirá que se enganou: para ele o que corre mal é sempre efeito de conspiradores mal intencionados, como os "especuladores", tudo o que corre bem é fruto da sua inspirada liderança. É também por isso que mente sem vergonha e nunca, ao longo da sua vida pública, e também da sua vida privada, se sentiu ou sentirá tolhido por qualquer escrúpulo ético. A sua relação doentia com todos os poderes que limitam o poder do executivo, desde os tribunais ao Parlamento, desde os jornalistas aos sindicalistas, é também filha de uma cultura política em que uns se têm por moralmente superiores, vendo todos os restantes como prisioneiros de interesses particulares. E o pior é que esta forma de estar na vida pública e na política é contagiosa.
Vejamos dois bons exemplos de como certas figuras do socratismo se julgam acima de qualquer escrutínio moral e no direito de praticarem todos os abusos.
O caso porventura mais gritante é o de um dos buldogues do PS, o vice da bancada socialista Ricardo Rodrigues. O deputado roubou, e gabou-se de ter roubado, dois gravadores a jornalistas da Sábado e ainda não os devolveu. Tudo porque não gostou das suas perguntas, como se, a partir do momento em que não colocou qualquer limite à entrevista, tivesse jurisdição sobre aquilo que, bem ou mal, os jornalistas lhe perguntam. Infelizmente, por motivos insondáveis, Francisco Assis deu-lhe cobertura.
O outro caso é o da deputada Inês de Medeiros que, tal como escreveu neste jornal, entendia que o Parlamento lhe devia pagar as deslocações semanais a Paris não porque aí residisse (candidatou-se apresentando uma morada de Lisboa), mas porque todos sabiam que era lá que moravam os seus filhos. Apesar de ser absolutamente inédita a situação de um deputado que solicita o pagamento das viagens não para a sua residência (que terá omitido ao candidatar-se), mas para a morada dos filhos, ainda se indignou com o alegado populismo, sem por um momento meditar sobre o exemplo que, como figura pública, estava a dar ao país, para mais num período de crise e de desemprego galopante. De resto, as suas balizas éticas parecem ser muito largas, pois, numa entrevista também à Sábado, disse por entre risadinhas, no que se refere ao comportamento de José Sócrates relativamente ao caso PT-TVI, textualmente o seguinte: "Não sei se mentiu ou não mentiu, mas, se mentiu, nem acho isso muito grave." Infelizmente Francisco Assis também lhe deu cobertura, assim destruindo o capital de crédito que tinha ganho quando, em Felgueiras, enfrentou o PS local e a famosa "passionária" Fátima.
A velha esquerda jacobina nunca entenderá por que motivo atitudes como estas geram tanta urticária, pois, para essa emproada gente, o simples facto de se proclamarem de esquerda confere-lhes uma espécie de estatuto especial que não autoriza contestações. Ninguém já se atreve a dizer alto o que Álvaro Cunhal proclamava quando se referia à superioridade moral do comunismo, mas no íntimo é o que pensam. Substituem é comunismo por esquerda. Entendem, por exemplo, que a defesa dos princípios da solidariedade social - praticada pelo Estado, está bem de ver - os isenta de penas de consciência ou de obrigações de fraternidade pessoal. E depreciam a virtude da caridade, enquanto comemoram a engenharia social dos "avanços civilizacionais" à mesa da Bica do Sapato, nem sequer se lembrando que lhes competia governar para todos.
Acreditam ser mais inteligentes, mais cultos e mais "abertos" do que os outros, e por isso devedores de apreço e consideração. Se não praticam a probidade, bem pelo contrário, acham que o seu "desinteresse" de princípio os autoriza a reivindicarem regalias extra. E se lhes sai, por engano, uma Carolina Patrocínio a quem as empregadas tiram os caroços às cerejas, assobiam para o lado: afinal, ela é "de esquerda", e aos "de esquerda" perdoa-se tudo.
Não surpreende por isso que, nos gabinetes ministeriais, sobrem os meios e se multipliquem os lugares. Não surpreende que, em ano de crise, esses gabinetes consumam mais dinheiro e que o maior aumento percentual nos seus gastos tenha sido nas rubricas de suplementos e prémios e nas despesas de representação. Como da mesma forma não surpreende que José Sócrates tenha embaraçado a nossa representação no Rio de Janeiro ao preferir ir jantar a um restaurante italiano da moda, deixando de fora dezenas de convidados da área da cultura (para "cultura" bastou-lhe a visita a Chico Buarque, mais uma vez pretextos para mentiras desavergonhadas). Como não surpreende que tenha ao serviço do seu gabinete nada menos de 12 motoristas...
Desenganem-se também os que julgam que este vírus apenas ataca o socratismo mais empedernido. Ele é contagioso e o primeiro-ministro já tratou de o impor mesmo ao Bloco e ao PCP. Só se assim se compreende, por exemplo, que tenhamos assistido estupefactos à forma como estes dois partidos da velhíssima esquerda radical vieram a terreiro defender a imediata construção do TGV, uma obra que beneficia muito pouco os trabalhadores que dizem defender e muitíssimo empresas como a inevitável Mota-Engil.
Aqui o que venceu foi o preconceito ideológico, mostrando como até o PCP está hoje desligado do sentimento dos mais aflitos - um preconceito com que José Sócrates jogou de forma habilidosa, ao virar-se para Louçã e Jerónimo, no Parlamento, e dizer-lhes para se lembrarem da ideologia. Faltou explicar que ideologia, mas nos tempos que correm até o keynesianismo de pacotilha do ministro das Obras Públicas já encaixa no marxismo-leninismo-trostkismo do Bloco e do PCP. Aparentemente basta que seja o Estado a meter a mão e se crie a ilusão de que os políticos é que estão ao comando e que os "especuladores" estão ao largo.
 
Público, 20100604 José Manuel Fernandes
 
 
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Simplesmente fantástico!...
 
Imagem: Google