sábado, 29 de dezembro de 2012

Mais algumas notas sobre o Campo Sobranceiro ao Galeão

Deixo aqui o texto que enviei ao DN-M (secção Cartas do Leitor), em resposta a um texto que o referido matutino publicou no passado dia 25 de Dezembro intitulado: «Galeão,5-CDS/PP, o», tal como as fotos do Campo de Jogos de forma ao cabal esclarecimento que julgo importa fazer face as deturpações e falta de verdade que o texto publicado no dia de Natal referem.




Tive oportunidade de ler, por estes dias de Natal, uma “Carta de Leitor” publicada neste matutino, escrita por uma sra. Maria Bernardo, ao que parece residente no Galeão (?) e que se deu ao trabalho de tentar rebater aquelas que foram as minhas palavras, quando denunciei a inutilidade do Campo de Jogos existente na faixa sobranceira ao Sítio do Galeão (em espaço florestal), na Freguesia de S. Roque. As afirmações constantes da carta não poderiam ficar sem a devida resposta da minha parte.
Em primeiro lugar, gostaria de registar a tentativa frustrada de defesa da obra. Julgo que nem o secretário da tutela, nem os seus assessores, seriam capazes de fazer melhor. Mas nem as deturpações nem a falta de verdade no que é referido pela autora conseguem desmontar a realidade, que está a vista de quem quiser, e conseguir, chegar à infraestrutura.
Gostaria, em segundo lugar, de referir que o tal Campo, e segundo informações que recolhi e que já tinha referido anteriormente aquando da denúncia de (mais) um exemplo de mau investimento público, foi inaugurado no final do verão de 2012, e não há três anos como é referido pela sra. Bernardo.
Por outro lado, não sei como é que alguém é capaz de afirmar que o acesso existente se pode fazer facilmente, quando já antes das chuvas de Novembro apenas era possível chegar ao campo não por viatura ligeira como é referido, mas sim por viatura 4x4. Eu estive no local a 13 de Outubro e já tinha constatado a precariedade do acesso existente em terra, que logicamente ficou praticamente intransitável depois das últimas chuvas.
Confesso que a certa altura, ao ler o texto da sra. Bernardo, não sabia se ria ou se chorava, quando esta referia que o tal espaço era utilizado para o “convívio intergeracional”! Não sei, mas parece-me que se algum idoso conseguisse lá chegar pelo seu próprio pé, poderia ter de ser evacuado urgentemente para o hospital tendo em conta o desgaste físico a que seria sujeito… É, de facto, um absurdo tentar passar-se a ideia de que o acesso e o próprio espaço tenham o mínimo de condições de utilização, face à degradação, visível para todos aqueles que conseguirem lá chegar, e à ausência de condições mínimas resultantes da falta de luz e de água, que reafirmo não existem no local, isto para não falar das tais mesas de piquenique, que não existem e que a sra. Bernardo diz existirem junto do Campo.
Para finalizar, gostaria de deixar o endereço do meu blog (www.cortardadireita.blogspot.com), onde é possível ver fotos do Campo, da sua envolvente e do acesso, tal como a peça da RTP-M sobre a denúncia que fiz, para que fique claro quem tenta enganar quem.
Agradeço também às pessoas do Galeão que, indignadas, me alertaram para este que é mais um mau investimento público do Governo Regional do PSD-M, pois não poderiam, e bem, deixar passa-lo sem a necessária denuncia sobretudo porque a Freguesia continua à espera do cumprimento das velhas promessas feitas e renovadas sempre que há eleições mas que depois, não passam do papel.

Fica aqui também o link da peça da RTP-M feita sobre este mesmo assunto e as fotos feitas por mim no passado dia 13 de Outubro deste ano.









segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ainda sobre a proposta do CDS que "chocou" Autarcas em Câmara de Lobos


Como é do conhecimento geral as Juntas de Freguesia junto dos cidadãos são consideradas de grande importância, por causa da política de proximidade que exercem, ao conseguirem sinalizar de forma eficaz situações e problemas muito localizados que directamente e rapidamente são em regra capazes de resolver.
O conhecimento que estas Autarquias têm da realidade local é fundamental para uma resposta mais directa e adequada e que, em parceria com outras instituições como por exemplo a Câmara, podem e devem contribuir para o rápido solucionamento de situações para as quais os cidadãos esperam a sua adequada intervenção.
É sabido por todos que os meios financeiros ao dispor das Juntas de Freguesia, tem sido reduzidos e insuficientes para fazer face ao apoio que as populações solicitam destas Autarquias. As transferências vindas do Estado só cobrem na prática as despesas de salários e grande parte das despesas de funcionamento, não havendo margem para muito mais.
No Concelho de Câmara de Lobos para fazer face as solicitações que recebem nomeadamente de manutenção, reparação ou de pequenas obras no espaço público, as Juntas socorrem-se do auxílio municipal vindos da Câmara, que ao longo dos últimos anos se tem materializado em regra geral pela cedência de materiais e/ou com a entrega de apoios financeiros.
O facto é que por razões que só o Presidente da Câmara poderá e deverá explicar, esses apoios financeiros foram interrompidos em 2012, ocasionando tremendas dificuldades financeiras nalgumas Juntas como foi público e noticiado, nomeadamente o caso da Quinta Grande que sabia a partida já por altura da discussão do Orçamento Municipal para 2012 que não teria verbas vinda da CMCL, mas mesmo assim incluiu-as no seu orçamento e fez despesas com base numa verba que conscientemente sabiam não lhes chegaria. Por isso acho de um GOZO ver o Sr. Presidente da Junta culpar-me a mim pelo seu erro de gestão e pelo chumbo que o seu PSD na CM deu ao seu pedido de apoio extraordinário. Quem no seu bom juízo não daria uma gargalhada de gozo perante tamanhas asneiradas ditas pelo referido Autarca!...
Mas como já referi, tais dificuldades de qualquer forma não justificam que certos Autarcas embora conhecendo o Orçamento Municipal, contassem na mesma com transferências que a partida nunca poderiam contar, piorando assim a situação das suas Juntas. É quase criminoso fazê-lo e eles sabem disso…
Noutras paragens, nomeadamente no Estreito de Cª Lobos este tem sido também nas reuniões das Assembleias de Freguesia um assunto muitas vezes discutido pelos eleitos, que se lamentam pela falta destes apoios, pois acreditam poderiam fazer mais. E aqui esta proposta tentou fazer eco dessas palavras, mas mais uma vez na Assembleia municipal, ninguém do Estreito sequer teceu um único comentário… Enfim…
Assim e embora estejam previstas verbas para apoiar as Juntas de Freguesia no Orçamento Municipal para 2013, para os Autarcas do CDS em Cª Lobos importa que tais verbas sejam canalizadas para aquilo que é essencial, pois hoje mais do que nunca esse dinheiro deve ser utilizado criteriosamente, pois o tempo do desperdiço e do esbanjamento acabou, não podem as Juntas quererem ser Câmaras Municipais, cada um que cumpra a sua função, chega de caciquismos!...
Por isso o que importa é definir com clareza e objectividade, como devem ser utilizadas estas verbas a disponibilizar, evitando-se que de futuro estas possam ser usadas para festas e subsídios a dar a entidades que em regra já recebem apoios da Câmara ou de outras entidades governamentais. Se as juntas querem enveredar por ai, pois que o façam com as verbas que recebem de outras fontes estão no seu direito. Agora da Câmara o dinheiro que lhes é entregue não deve servir para essas despesas. Entendemos também que este dinheiro não deve patrocinar eventos que a partida já tem apoios Municipais e que logicamente não se enquadram nos fins para os quais se destinam estas verbas, que como referi são basicamente para a resolução de situações no espaço público local, nomeadamente para pequenas obras de construção, beneficiação ou de recuperação no território das mesmas. Dai a nossa proposta de recomendação a Câmara para que faça o melhor enquadramento desta verbas, que julgamos deverá ser a vontade de muitos cidadãos que também são favoráveis tal como nós que a Câmara apoie as suas cinco Juntas de Freguesia, mas que esperam que este dinheiro sirva de facto para resolver problemas concretos do dia-a-dia e não para pagar despesas de meros caciques laranjas na sua ansia de tornarem as suas funções no que não são.

Imagens de notícias publicadas no dia 21 e 24 de Dezembro pelo DN-Madeira.
Nota: importa apenas esclarecer que a votação referenciada foi para o Plano e não para o Orçamento de 2013, que teve sim a seguinte votação: A favor do PSD e Contra do CDS, PS, PCP, PND e MPT.