quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Os Partidos Políticos e a importância das suas lideranças

Nos últimos tempos muito se tem falado da importância dos Partidos na Sociedade e a forma como estes servem a democracia, num tempo em que cada vez mais há um divorcio entre os Cidadãos, os políticos e o sistema político-partidário, colocando-se em causa inclusive a utilidade dos mesmos para a democracia.

Isto tudo para dizer que afinal neste sistema em que a política se faz, imperfeito certamente, o que importa é tornar os Partidos verdadeiramente úteis a Sociedade, provada que está a sua importância para a democracia e para a resolução dos problemas das populações no dia-a-dia das mesmas. Não perceber isto pode a curto prazo tornar certos partidos dispensáveis e inúteis aos olhos das pessoas. Isto quando cada vez mais as escolhas são inúmeras e quando em termos ideológicos tudo tende a confundir-se, perdendo-se também referências que distingam uns e outros.

O tempo é sem sombra de dúvidas de levantar o olhar do umbigo e de enquadrar a acção e o interesse dos Partidos não só dentro das ideologias ou das doutrinas que os distinguem, mas acima de tudo na forma como estes conseguem interiorizar os problemas, as dificuldades e os desafios da nossa sociedade, indo ao encontro dos seus anseios, sabendo dar as respostas mais convenientes a cada momento ou em cada situação. Porque são as pessoas, que no final de contas avaliam os Partidos e VOTAM nesses Partidos para isso mesmo. O grau de satisfação dos Eleitores é que determina o grau de influência na Sociedade, como também a força com que podem continuar a crescer. Pois o fim último de cada Partido é o de crescer e influenciar na governação a sociedade e o território onde se inserem, pois o que importa verdadeiramente é que se satisfaça as necessidades dos Cidadãos, através de um caminho defendido e que o diferencia dos outros. Portanto a existência dos partidos reside na sua capacidade de penetração no eleitorado, na confiança que transmitem as suas propostas e opções, mas também dos quadros que apresentam para uma implementação dessas mesmas proposta. 

Os Partidos não podem esquecer que isto se consegue com lideres fortes, com carisma, com empatia junto dos Cidadãos, com CREDIBILIDADE acima de tudo! Que os cidadãos se revejam nas lideranças e tenham confiança nos rostos que lhes são apresentados para conduzir esses projectos políticos. É na credibilidade e na boa imagem de quem se apresenta a defender as cores dos Partidos e com eles os seus projectos políticos para a Comunidade, que se obtém o sucesso, não tenhamos dúvidas disso e não há doutrina ou ideologia que sirva se não se encontrar o equilíbrio necessário que leve aos cidadãos a confiar numa liderança que represente tudo isto. Privilegiar como por vezes acontece certas lógicas ou certos interesses de grupo / terceiros pode destruir anos de trabalho, quando em momentos de sucessão se perde o norte e os interesses que realmente se tem de privilegiar e que relembro é aquela que os Cidadãos colocam no dia-a-dia e não outros, cabendo aos Partidos mostrar que estão a altura com os seus melhores para dar essa resposta e não o seu contrário.

Não compreender isto é continuar a descredibilizar a política e afastar os cidadãos, pois defraudados não sentem confiança e não se revêem no que lhes querem impor. Por isso tal como outros defendo que quando chamados a tal, os Partidos devem sempre ter a capacidade de em democracia e após o necessário debate interno apresentar os seus melhores a Sociedade, na defesa do que representa cada um desses Partidos. É importante que os Partidos saibam interpretar a vontade soberana dos eleitores e que junto as boas propostas que devem ter, saibam também escolher bons lideres, que só poderão ser bons lideres se aceites também por quem neles podem vir a votar. Não ter isto em conta não só pode agudizar crises internas como também dividir a sua militância, ultimo reduto que a tudo custo obviamente importa preservar e unir. 

Imagem: Google


sábado, 7 de novembro de 2015

Câmara de Lobos: Mais dois anos em que pouco mudou...

Desde as eleições Autárquicas de 2013, muito pouco mudou para melhor em Câmara de Lobos no meu entender  e do CDS Cª Lobos. Fora o culto da imagem e da propaganda comum a Pedro Coelho e a Albuquerque, infelizmente Câmara de Lobos é dos Municípios da RAM em que actividade económica piora de dia para dia, onde continuam a fechar mais empresas do que se criam, sendo por isso um dos Concelhos com pior performance desde as Eleições Autárquicas. 

Câmara de Lobos continua a ser o Município da ilha da Madeira com o IMI mais alto, onde não se devolve nada do IRS, e em que a tabela de taxas afugentam qualquer investimento no Município. Isto como é óbvio provoca mais desemprego, pobreza e emigração como já referi. Os números assim o demonstram, quando várias instituições que estão no terreno no auxilio dos mais desfavorecidos referem apoiar nestes últimos dois anos em ajuda alimentar mais de 4 Mil pessoas / ano. Por aqui se vê que afinal não existem políticas sociais municipais e regionais que contrariem esta situação e muito menos há uma política séria ou pelo menos estruturada de dinamização da economia local, pois só assim é possível inverter estes números. 

Como já o temos vindo a referir antes das eleições, o PSD, prometeu novamente tudo resolver e inclusive afirmavam que tinham tudo previsto e pronto a colocar em prática, quer no social, quer no tocante a dinamização da economia local, nomeadamente na necessária modernização do sector da agricultura e claro no tocante a dinamização do turismo, sendo que passado dois anos das eleições está tudo a vista de todos, quase nada mudou e pouco do que se fez, foi feito avulso, inclusive a revisão do PDM continua a passo de caracol. Sem o necessário planeamento, tudo continua na mesma, não se tendo até agora verificado acções reais que contrariem os efeitos do esgotamento do velho modelo do PSD de tudo assentar na obra pública, insistindo-se neste caso em novos caminhos agrícolas para criar alguma dinâmica artificial na economia, sem retorno a curto ou médio prazo.


No entender do CDS, importa fazer diferente, mas tem de ser mais do que propaganda marca deste "novo" PSD. Temos todos de trabalhar para gerar riqueza e com ela emprego, todo o investimento que se tem de fazer tem de ter uma lógica de retorno económico e social, mas do que de imagem ou a simples dinamização de festas para apenas alegrar almas entristecidas com o seu dia-a-dia. Isto não pode continuar assim, pois aquele que ainda é considerado um Concelho jovem e com potencial, pode rapidamente se tornar num Concelho envelhecido e sem futuro, pois com tanta pobreza não há outro caminho a seguir do que emigrar.