A partida parecerá aos olhos de todos nós que estas são boas notícias, mas poderão não ser....
E digo isto na sequência da notícia do Económico que refere que "Produção de uvas para fabrico de vinho Madeira regista aumento de 500 toneladas", o que a partida deveria ser sempre bom em teoria para a nossa economia e para a imagem turística da Madeira. Mas com o crescimento de um produto de grande qualidade como é o Vinho Madeira, poderemos estar perante um verdadeiro problema a montante no tocante ao armazenamento de toda esta produção que não sabemos como será garantida e por quem, sendo que acima de tudo poderão os produtores terem sérios problemas no tocante aos valores a receber por quilo pelas uvas entregues, isto quando certamente se apertarão ainda mais os critérios de avaliação do amadurecimento e que determinam também que uvas serão para receber ou a rejeitar.
Como sabemos esta actividade têm custos elevados para os agricultores atendendo aos elevados custos com os denominados factores de produção que reduz de forma considerável os ganhos a obter no final da produção com a entrega das uvas, que num ano de excepcional produção terá forte pressão para uma rigorosa selecção do produto a ser aceite e por conseguinte pressão para uma baixa nos valores a pagar.
É importante assim que o governante do sector seja mais concreto quanto aos mecanismos que serão utilizados para garantir o escoamento da produção, como dos critérios subjacentes que regulará o preço a pagar pelas uvas, vem como onde se armazenará toda esta produção, que tem como principal localidade de produção o Estreito de Câmara de Lobos.
Não chega anunciar crescimentos na produção, quando o importante é saber se este crescimento da produção é benéfica também para quem produz.
Imagem: Google
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