Li por estes dias numa entrevista dada pelo Candidato do PSD
à Câmara Municipal de Câmara de Lobos a um matutino desta região, que era o seu
desejo que o Município aposte mais no Turismo, como motor de desenvolvimento
sustentável. Pela nossa parte congratulamo-nos com esta mudança de atitude do
PSD e do seu Candidato, seguindo aquilo pelo qual eu e o CDS neste Concelho nos
temos batido durante anos, pois já antes da crise para nós este era o caminho
de desenvolvimento que se devia ter seguido, o que permitiria de certeza
minimizar os efeitos do desemprego e da pobreza que hoje mais uma vez se fazem
sentir de forma profunda em Câmara de Lobos. Alertamos muitas vezes para a
importância do turismo e recomendamos nos órgãos autárquicos a mudança no
modelo de desenvolvimento que deveria ser de menor aposta no betão e no
alcatrão, pois desenvolvimento e qualidade de vida não se medem a metro,
privilegiando-se um novo modelo mais sustentável assente no Turismo e nos
Sectores Productivos (agricultura e pescas), valorizando com isto as belas
paisagens de um território humanizado, a cultura e a gastronomia que são sem
dúvidas únicos e de grande valor.
Pena é que o PSD e o seu Candidato querendo enveredar por
este modelo de desenvolvimento para não ficar atrás dos seus adversários, ainda
não tenha acertado na forma de como o fazer. Não chega se dizer que com ele
teremos mais turismo apenas garantindo mais celeridade nos serviços dependentes
da CMCL no despachar de projectos com origem em investidores privados. É pouco
e é mais do mesmo que foi seguido durante décadas. Para nós CDS, a forma de
garantir com sucesso que Câmara de Lobos será uma terra de turismo passa acima
de tudo por apostar na promoção do Concelho e das suas capacidades turísticas,
junto de potenciais investidores, sejam eles nacionais e/ou estrangeiros, não
descurando o necessário contacto com os emigrantes madeirenses que desejam
investir na sua terra. A Câmara deve ser embaixadora e ir ao encontro de quem
pode investir. A par disto importa também rapidamente desbloquear a revisão do
PDM, vocacionando nessa revisão espaços para o surgimento de equipamentos e
unidades hoteleiras de pequena dimensão que se ajustem as necessidades do
Concelho nesta área. Além disto importa claramente mudar de políticas de gestão
do território, pois importa face a importância da paisagem não permitir a continuada
degradação da mesma como se tem assistido. Entendemos que se pode e deve
permitir a construção, sempre que as mesmas não sejam elementos dissonantes mas
sim de valorização. E por fim importa não só baixar as Taxas de IMI, mas sim
resolver o velho problema dos índices e dos zonamentos, esses sim os
responsáveis por se ter neste imposto valores desajustados pagos pelos
proprietários e que afastam investidores como temos vindo alertar também a uns
anos a esta parte.
Fonte da Imagem: Google
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