Este foi o titulo ou assunto que deu conteúdo a um e-mail que recebi de um amigo, que tal como outras pessoas que através de sms e Facebook, me questionaram sobre se também o Nelson Mandela era uma referência política para mim.
Sem querer procurar nenhuma contradição ou sequer divergência com alguém para criar algum espécie de celeuma, nomeadamente com quem se identifique ou tenha Nelson Mandela como referência política, apenas acho pertinente a pergunta e subsequente esclarecimento porque ajuda a quem nos segue politicamente a perceber as razões e opções que como político defendo e definem a minha visão política, social e económica, pelo que aqui neste meu espaço também vou expressar o que penso, sobre Mandela e se assim me permitirem referir as minhas preferências e referências políticas, que como terão oportunidade de ver não se cinge a um só estadista.
Sobre Mandela, apenas dizer que não sou seguidor ou melhor, não me identifico politicamente com ele, embora lhe reconheça fulcral importância no processo sul-africano de transição para uma ordem democrática sem segregação.
Mandela é e tenhamos nós a consciência disso, um homem de esquerda que foi virando ao centro numa espécie de social-democracia no final da sua governação, pós Aparteid. No meu ver, não foi muito bem sucedido na sua governação devido a aplicação de políticas erradas que no meu ver não posso defender. Depois porque defendeu regimes e lideres como Fidel Castro em Cuba e Muammar al-Gaddafi na Líbia, a quem chamou de "irmãos das armas". A par disto hoje o ANC inspirado em Mandela tem ligações muito fortes com sectores de quase extrema-esquerda, nomeadamente a COSATU e o Partido Comunista Sul-africano, dois parceiros que constituem hoje a tríade com o ANC.
Eu identifico-me sim em primeiro lugar com um português que foi muito importante para o CDS. Adelino Amaro da Costa, homem que exemplifica pelo sua forma de estar na política, o que é ser Democrata-cristão, sendo como foi defensor de valores sociais em que acredito profundamente, nomeadamente da liberdade, da solidariedade, do personalismo e da cooperação, hoje cada vez mais validos, mas perdidos na nossa sociedade. A par disto ele também defendeu a economia social de mercado, que também defendo.
Outro que internacionalmente foi importante e é uma outra referência com a qual me identifico é o Helmut Kohl, também ele democrata-cristão, conhecido por derrubar o Muro de Berlim e que unificou a Alemanha. Ele enfrentou em 1990 grandes dificuldades sociais e económicas com sucesso, que ainda hoje permitem a Alemanha assumir-se como um dos líderes mundiais não só ao nível político, mas também ao nível económico como sabemos. Para além disto foi importante também na construção da União Europeia em que hoje vivemos.
Imagens: Google
Sem comentários:
Enviar um comentário