São dias muito difíceis, estes que se vivem naquele que é um
dos Concelhos da Madeira mais penalizado com a crise que se abateu sobre está
região. Câmara de Lobos lamentavelmente para além de ter muitos dos seus filhos
no desemprego, situação que tem vindo a provocar problemas graves de âmbito
social, cuja face mais visível é a crescente incapacidade de muitas famílias
ter em casa a alimentação suficiente para os membros do seu agregado familiar,
vê nestes dias a sua situação ser mais preocupante e aflitiva, quando vê que o
Governo Regional e os governantes Autárquicos todos eles do PSD-M,
acrescenta-lhes mais razões para o incremento das suas preocupações e por
conseguinte aumentando as suas dificuldades.
Refiro-me em primeiro lugar a questão das alterações as
regras para o transporte escolar, que penaliza muitas famílias com crianças
muito jovens, que neste ano escolar tendo em conta as dificuldades financeiras
das suas famílias terão que ir ou vir a pé de suas casas para a escola que fica
distante e de noite por caminhos inseguros, tudo porque as excepções que o
Governo Regional arranjou só servem para uma determinada população escolar de
Concelhos menos populosos. O CDS nesta matéria, tudo tem tentado nos mais
diversos níveis do poder, desde o Autárquico e inclusive o Parlamentar para
tentar chamar à razão o Governo, mas como é público ele continua intransigente.
Outra grande preocupação que é corrente se ouvir de muitos
Câmara-lobenses por estes dias, tem a ver com a questão do IMI. Os cidadãos
estão apreensivos, porque a Câmara embora não aumentando as actuais taxas que
determinam o valor a pagar para 2013, nada fez para sensibilizar a quem de
direito, numa altura em que se está a reavaliar por imposição legal os imóveis,
para que também fossem revistos os zonamentos e os respectivos coeficientes,
que já hoje tornam em muitos casos, este imposto injusto neste Concelho.
Preocupa-nos tendo em conta os nossos alertas, a inercia de quem está na gestão
da Câmara (PSD-M), que pelos vistos só se preocupa em tentar omitir e esconder
os calotes do Governo Regional para com o Município, que são desde 2008 até
2010, mais de 18M€. Isto como também é público, obrigou recentemente que este
executivo do PSD, com a concordância do MPT, viesse a propor a adesão ao PAEL,
para pagar valores em dívida a mais de 90 dias não só aos empreiteiros, mas
acima de tudo e em grande medida para pagar dividas a empresas públicas
tuteladas pelo mesmo Governo Regional que deve os tais 18M€ ao Município em
Contratos-programa não cumpridos.
Para nós isto é inaceitável, pois quer o problema estrutural
do IMI, quer este novo endividamento por mais 14 anos, compromete o futuro das
Famílias já com enormes dificuldades, mas também o próprio Município que
praticamente parará no tempo, por manifesta falta de receitas, comprometido
como estará com encargos bancários. Tudo isto porque aqueles que governam
teimosamente não ouvem, nem querem aceitar que o seu modelo de governação está
esgotado e que em soma faliu!...
Foto: Google
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