O deputado do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, defendeu durante a sessão solene comemorativa do 25 de Abril que, se a revolução de 1974 prometia democratizar, descolonizar, desenvolver, os novos “três dês” são “a dívida, o défice e o desemprego”.
José Manuel Rodrigues saudou o 25 de Abril como “o dia que pôs fim a um regime autoritário”, mas os aplausos da sua bancada ouviram-se quando enalteceu “outro 25, o 25 de Novembro”, por “recolocar o processo político no seu desígnio original”.
A revisão constitucional foi também defendida pelo deputado do CDS-PP, que prestou homenagem ao voto isolado do seu partido contra a Constituição de 1975.
“Uma boa Constituição não é um programa nem de esquerda, nem de direita. Deve ser, apenas e só, uma Lei Fundamental para todos e de uma só nação, factor de progresso e não de bloqueio”, defendeu.
Os “três dês” da actualidade
José Manuel Rodrigues dedicou a maior parte do seu discurso à dívida, ao défice e ao desemprego, que apontou como os “três dês” da actualidade.
O desemprego é “o mais alto de sempre”, Portugal tem “o maior défice dos últimos 30 anos” e a dívida pública “ultrapassa a totalidade do produto”, estando em grande parte “na mão de entidades estrangeiras” e obrigando ao pagamento de juros anuais de “cerca de 5 mil milhões de euros”, apontou.
O deputado do CDS-PP acusou o Governo de ter ocultado esta situação e de estar agora a desdizer tudo o que prometeu e acrescentou: “Lá por este Governo não ser capaz, isso não quer dizer que o país não seja capaz” de “transformar as fraquezas em forças, os perigos em desafios e as ameaças em oportunidades”.
Fonte: Público
Imagem: Google
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