O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo assinalou hoje que o discurso de encerramento de Passos Coelho no XXXIII Congresso do PSD «marcou» medidas emblemáticas do seu partido, adiantando que os centristas já começaram a preparar propostas para a revisão constitucional.
«O CDS continuará a estar sempre na linha da frente das grandes mudanças que importam a este país, hoje ouviu em diversos momentos falar em misericórdias, há quantos anos ouve o CDS falar de misericórdias? De quem presta apoio social relevante e deve ter o apoio do Estado, há quantos anos ouve o CDS falar nisso?», interrogou Nuno Melo, logo após o discurso final da reunião magna do PSD, que terminou hoje em Carcavelos.
«De rendimento mínimo, veja lá, há quanto tempo ouve o CDS falar nisso e às vezes até com a incompreensão de tantos?», acrescentou o dirigente democrata cristão.
Para o eurodeputado, «se o discurso de outros se for adaptando, e também em função do que o CDS vai propondo, ainda bem, é um bom caminho que Portugal vai seguindo».
«Não vemos isso com rancor, vemos com vantagem para o país, sinceramente», assegurou.
«Se hoje o PS sugere um teto, e ainda bem, e se hoje o PSD sugere esse retorno dado por quem recebe um rendimento mínimo, em favor da sociedade, e ainda bem», declarou, sublinhando que o seu partido quer ir mais longe.
«O CDS quer talvez mais, quer menos rendimento mínimo, quer muito mais fiscalização, quer que o rendimento mínimo não se renove automaticamente e muito mais atenção aos pensionistas e aos idosos deste país, que foram quem trabalhou toda a vida», disse.
Sobre o desejo de rever a Constituição Portuguesa antes das eleições presidenciais de janeiro, manifestado hoje por Pedro Passos Coelho, Melo referiu que «o CDS há dois meses que incumbiu o doutor Cruz Vilaça de, em ano de revisão ordinária da Constituição, preparar aquilo que vai ser a proposta» do seu partido.
«Depois se verá, tendo em conta a maioria que é preciso obter, aquilo que terá vencimento ou não», respondeu, questionado sobre se PSD e CDS poderão apresentar propostas conjuntas.
O eurodeputado disse que este é o ano «de revisão ordinária» da Constituição e que por isso esse processo «depende daquilo que no Parlamento seja considerado oportuno».
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Estou 100% de acordo com o Nuno Melo, há uma aproximação ao CDS nestas matérias por parte do PSD de Passos Coelho.
De qualquer forma parece-me que Passos Coelho não é o líder que fará frente a Sócrates, acho sinceramente que é muita fachada e um político sem conteúdo, o seu discurso mostrou isso mesmo, "panos quentes" para manter a unidade artificial em que actualmente vive o PSD e uma colagem a esquerda e a direita em termos de propostas para "agradar gregos e troianos", sem profundidade.
Mais do mesmo...
Imagem: CDS/PP
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