"A nossa arquitectura não segue um léxico, ou uma linguagem fixa. Em cada novo caso, procuramos encontrar os “vocábulos“ para uma linguagem específica desse novo contexto. Mais do que procurarmos os pontos comuns entre cada novo projecto e o anterior, interessa-nos encontrar as diferenças. É como se voltássemos sempre ao zero. E, a um certo nível, é essa ideia de inovação que nos interessa.
Evidentemente que esta abordagem também nos abre um campo de pesquisa muito vasto. Não tendo que trabalhar dentro de pressupostos fixos, procuramos um caminho experimental, onde podemos testar novos conceitos a partir daquilo que nos interessa e fascina. No entanto, parecem-nos sábias as palavras do poeta e filósofo brasileiro António Cícero que um dia disse: “o que interessa, não é tanto escrever algo novo. É escrever algo que a leitura não envelheça“.
O futuro é sempre difícil prever, mas, comprovadamente, depois das revoluções, do desinteresse pela história e do advento da globalização, virá certamente um retorno à cultura local, específica, à arquitectura feita de pequenos mas sólidos impulsos a partir das coisas que nos chegam"."
Site: ARX-Portugal
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