sábado, 22 de maio de 2010

CDS critica PSD por viabilizar aumento de impostos

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, criticou hoje o PSD por ter viabilizado «o maior aumento de impostos de sempre» sem garantir, como contrapartida, a suspensão das grandes obras públicas e o corte «a sério» nas despesas do Estado.

«Nunca pensei que o PSD desse o seu voto ao aumento de impostos sem garantir que a nova ponte [sobre o Tejo] é repensada, que as concessões rodoviárias vão ser postas por uma ordem de prioridade e que se vai cortar a sério nas despesas do Estado», afirmou Paulo Portas.
Para o líder democrata cristão, esses cortes deveriam ser feitos nas empresas, institutos e fundações públicas, «em certos tipos de consumo público», nas sociedades anónimas e «nos ministérios, que são a mais».

«O Estado podia e devia fazer cortes onde há desperdício e despesismo», defendeu.

Falando em Vila Nova de Cerveira, após uma visita à feira e ao mercado do concelho, Portas criticou os políticos que «dizem uma coisa em campanha eleitoral e depois agem de forma completamente diferente».
«Eu, quando andei a pedir o voto nas feiras aos cidadãos, disse-lhes: lutarei contra o aumento de impostos e procurarei cortes na despesa do Estado. Hoje volto às feiras e digo exatamente o mesmo», afirmou.
Sempre com o PSD como alvo principal, Paulo Portas acusou aquele partido de ter quebrado uma promessa eleitoral, ao dar o seu voto para um aumento de impostos «que é duplo, já que o IRS vai subir nas taxas e o contribuinte vai poder deduzir menos em educação e em saúde».
«É o maior aumento de sempre de impostos, e os portugueses vão perceber isso quando as faturas começarem a chegar», acrescentou.
Sobre o aumento de impostos, Paulo Portas disse que é «injusto e cego» porque «vai afetar quem é remediado e pobre, prejudicar a economia, reduzir o poder de compra, diminuir o crescimento e prejudicar a economia».
Para Portas, uma das áreas onde o Estado anda a gastar mal tem a ver com o Rendimento Social de Inserção, onde «continua a indústria da fraude e do abuso».

Na sua opinião, Portugal, no estado em que está, «não se pode dar ao luxo de subsidiar quem não queira trabalhar».

Nesta visita à feira de Vila Nova de Cerveira, Paulo Portas distribuiu beijos e abraços, ouviu muita gente criticar o rendimento mínimo e o aumento de impostos e recebeu muitos votos de «força».
«Este homem é que devia lá estar, o resto é só piratas», referia um feirante, depois de saudar efusivamente o líder do CDS-PP.
Paulo Portas cumprimentou dois agentes da GNR, deixando-lhes a mensagem: «sou pela autoridade, respeito muito o vosso trabalho».




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Portas vai pelo bom caminho e as mais recentes sondagens assim o demonstram.

Passos Coelho que agora "corre" para descolar-se de Sócrates já não chega a tempo disso. Ao contrário do que afirma agora, o PSD é o Partido que apoia na verdade este Governo Socialista, formando aquela "coligação" a que muitos chamam de Bloco Central de interesses!...

Isto para não falar das sucessivas apropriações que o PSD tem feito de iniciativas e bandeiras do CDS. Como o "slogam" diz, "há de facto já muita gente a pensar como nós!..." Inclusive no PSD!!!...

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