O líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou hoje o governo de estar com medo das eleições e por isso recuar nas reformas da Educação e da Saúde.
Paulo Portas, que visitou a feira de Estarreja e se reuniu com a estrutura local do partido, procurou transmitir a mensagem de que "é essencial dar força ao CDS para acabar com a maioria absoluta (do PS), que não consegue ouvir os outros e depois acaba por dar razão, sob pressão".
"Os portugueses já perceberam tudo: o governo cede na Educação, recua na Saúde, falha na Economia, abusa nos impostos, desgraça a agricultura e é um perigo porque não controla a criminalidade", criticou.
Comentando um eventual entendimento do Ministério da Educação com os sindicatos, Paulo Portas conclui que "o governo está com medo das eleições, o que prova que faz sentido lutar pelo que é justo".
"Para que serviu tudo isto? Não era preferível lançar um processo(de avaliação) justo, preparado, organizado, a começar no início do ano escolar, como defendeu o CDS?", interroga Paulo Portas.
Para o líder do CDS, "há que fazer o debate essencial da qualidade na Educação, do que se ensina e aprende nas escolas, e com que preparação os jovens saem para serem competitivos numa vida laboral que é difícil".
"A qualidade na Educação implica a liberdade de escolha da escola pelos pais, que actualmente está reservada a quem tem posses para pagar o ensino privado.
O CDS vai lançar a discussão do alargamento da liberdade de escolha e da avaliação dos programas escolares", anunciou, referindo as dificuldades na aprendizagem da Matemática, da Língua Portuguesa e da História, como áreas de reflexão.
O anúncio, pela ministra da Saúde, de que os primeiros medicamentos a serem vendidos por unidose vão ser os antibióticos mereceu de Paulo Portas a observação de que "mais uma vez o CDS teve razão".
"Vão-nos dar razão na possibilidade dos doentes comprarem os medicamentos necessários em vez de serem obrigados a comprar embalagens completas, como nos deram razão na vacina do cancro do colo do útero e nos medicamentos para os cuidados paleativos", sublinhou.
"Quando o propusemos chamaram-nos nomes, mas são muitos os casos em que o CDS tinha razão e é preciso dar-nos força para acabar com esta maioria absoluta que não consegue ouvir os outros e depois, sob pressão, dá-nos razão", concluiu.
O tema da agricultura não foi esquecido por Paulo Portas, na visita a Estarreja, concelho que ainda tem uma forte expressão agrícola, reclamando "outra política agrícola" e medidas urgentes do ministro Jaime Silva para que sejam aproveitados os financiamentos à modernização das explorações.
"Em 2005 o governo deixou por utilizar 36 milhões de euros de apoio à agricultura dos fundos comunitários. Em 2007 foram as dívidas e atrasos nos pagamentos aos agricultores. Em 2008, se o ministro não toma medidas depressa, não sei como vão começar a pagar porque a portaria não foi ainda publicada, as candidaturas não estão abertas, os projectos não estão entregues e a avaliação não pode ser feita", advertiu.
Site CDS/Lusa
2 comentários:
Isto com as eleições à vista, é só regalias e baixas de impostos, e recuos, e não sei mais o quê...
Nem mais!!!
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