Era até hoje um dos maiores mistérios da humanidade e as lendas que dele se alimentaram deram origem a literatura oral e escrita em diferentes culturas e épocas, atravessaram os tempos e chegaram à actualidade. Até Hollywood se rendeu à sua história, em 1959, com Solomon and Sheba, de King Vidor (Salomão e a Rainha de Sabá, no título português). Mas o mistério que envolvia a rainha de Sabá foi agora, em parte, desvendado, com a descoberta dos restos do seu famoso palácio, na Etiópia. O achado foi feito por arqueólogos alemães, da universidade de Hamburgo, na localidade de Axum, na Etiópia, anunciou a própria universidade."Um grupo de cientistas, sob a direcção do Prof. Helmut Ziegert, encontrou durante uma investigação de campo feita esta Primavera o palácio da rainha de Sabá, datado do século X da nossa era, em Axum-Dungur", lê-se no comunicado daquela universidade alemã.No palácio agora encontrado, "terá sido guardada durante um tempo a Arca da Aliança", explica ainda o documento. Segundo rezam as fontes históricas e religiosas, era essa a a arca que continha as tábuas dos Dez Mandamentos entregues por Deus a Moisés, no monte Sinai.Os restos do palácio foram encontrados debaixo de outro palácio, esse pertencente a um rei cristão. "As investigações revelaram que o primeiro palácio da rainha de Sabá foi trasladado pouco depois da sua construção e reedificado com orientação para Sirius", explicam os arqueólogos alemães, que estão convencidos de que foi Menelik I, rei da Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei Salomão de Jerusalém, quem mandou construir o palácio na sua localização final.No palácio havia um altar onde provavelmente esteve colocada a Arca da Aliança, um cofre de madeira de acácia recoberto a oiro, segundo a tradição. As numerosas oferendas que os arqueólogos encontraram nesse exacto lugar foram interpretadas como um sinal claro da especial relevância do local ao longo dos séculos. A equipa de Ziegert estuda desde 1999, em Axum, a história do reino da Etiópia e da igreja ortodoxa etíope, e o achado agora feito é fruto dessa persistência.
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