quarta-feira, 21 de maio de 2008

A Questão dos Combustíveis na RAM e não só

Acho bem que se aperte com o Governo Regional, para que na margem de que dispõe, altere os valores dos impostos ao combustíveis na RAM, isso sem duvidas.

Numa terra que atravessa graves dificuldades económicas, seria de bom senso, reduzir a carga fiscal das famílias e das empresas, e começar pelos combustíveis era bom.


Daí apreciar as diversas iniciativas que já foram despoletadas pelos Partidos da Oposição.


Porém, acho que o Partido Socialista nesta terra deveria ter ido mais longe. Deveria tentar influenciar também o seu Governo na República a mexer nos impostos aos combustíveis, porque se esta situação é má para nós Madeirenses é também má para os restantes Portugueses do Continente. Ainda por mais, que sabemos que estes impostos duplicam-se quando falamos de combustíveis. Ainda por cima sabe-se também que o que se passa daquele lado também tem repercussões por cá.


Se os socialistas nada fizerem junto do seu Governo na República, serão também cúmplices do agravar da situação que por cá vivemos. Não chega dizer que temos de baixar os impostos na RAM, tal como acontece nos Açores, tem de ser um esforço maior, um esforço que envolva o bem-estar de todos os Portugueses, cá e lá.

1 comentário:

F. Penim Redondo disse...

Hoje já quase toda a gente percebeu que acabou a comida barata, a energia barata, os combustíveis baratos ou a água barata. Estão a tornar-se bens de luxo ou quase, a que cada vez terão mais dificuldade de acesso as classes médias e de menores rendimentos.
Como é possível que o governo português ainda recentemente tratasse a questão dos combustíveis como uma birra dos condutores mal habituados, subordinada em termos de importância ao equilíbrio orçamental ? Onde estão as previsões e as medidas preventivas que seriam de esperar de um governo responsável ?
Como se explica a resignação e passividade da Europa perante o encarecimento acelerado de produtos de que dependem os seus mais básicos padrões de vida, ao ponto de ter que ser acordada por um Manuel Pinho ansioso por encontrar bodes expiatórios ?
São todos incompetentes e irresponsáveis ou há outras explicações para este fenómeno ?
Convém talvez compreender que, mesmo dentro de um país como o nosso, nem todos são afectados da mesma forma e alguns até podem sair beneficiados destas crises. Quem exporta para Angola e é pago pelos rendimentos do petróleo talvez não tenha razões de queixa, ou quem é accionista da Galp, ou quem vende para a Venezuela às cavalitas do governo de Sócrates, ou quem tem sempre os combustíveis, e não só, pagos pelas empresas ou pelo Estado.
Esta questão dos preços do petróleo, do acesso ao crédito e aos produtos alimentares pode afinal ser, no essencial, mais uma forma de certas classes expoliarem outras.
Também ao nível internacional, nomeadamente na Europa e EUA, conviria perceber quem ganha e quem perde com este terramoto. Para sabermos se estamos perante aprendizes de feiticeiro que jogam um perigoso xadrez contra as potências emergentes, em que as peças são poços de petróleo e mísseis nucleares.