«O objectivo de Portas era o de explicar aos eleitores de direita que o voto no CDS é o mais consequente para os que querem uma alternativa a Sócrates.
Portas disse que as propostas do CDS eram mais claras do que as do PSD e provou-o: na política fiscal, na segurança interna, no rendimento mínimo.
Ferreira Leite disse que baixava a taxa social única, mas baralhou-se ao tentar explicar como a compensava em termos orçamentais. Na segurança interna não esteve à vontade. No rendimento mínimo disse trivialidades.
No final, Portas voltou a marcar pontos na questão da asfixia democrática. Para Ferreira Leite existe no continente, mas não na Madeira. Portas chamou a atenção para a necessidade de falar verdade e ser coerente.
Sem inviabilizar a possibilidade de entendimentos pós-eleitorais, este debate mostrou bem a diferença entre uma direita ideologicamente marcada, a de Portas, e uma direita hesitante ou envergonhada. Esta clarificação "tranquila" era exactamente o que pretendia Portas e, por isso, ele ganhou em toda a linha.»
João Cardoso Rosas
Professor de Filosofia Política na Universidade do Minho
Professor de Filosofia Política na Universidade do Minho
Fonte: Público
Imagem: TVI 24
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