Paulo Portas disse-o, e disse-o bem: "A negociação prévia do Orçamento do Estado já produziu os seus efeitos. No final do ano, a palavra que definia a situação política era crispação, a palavra que hoje está em cima da mesa é negociação." Esse dado é inegável - e um bom sinal que Governo e oposição (PSD incluído) dão aos portugueses.
O CDS, de resto, mostrou que é possível fazer negociações pragmáticas no nosso sistema político. Escolheu um método - negociação de propostas suas que queria ver incluídas -, pediu que as reuniões fossem sempre publicitadas, foi explicando, a par e passo, o que estava a correr bem e menos bem. No final, até aí, foi claro na opção: ganhou várias concessões do Governo, mas não todas - e não todas as mais importantes. Pelo que resolveu, simplesmente, abster-se... na generalidade.
Ora, esta decisão de Paulo Portas mostra que o líder do CDS quer manter-se em jogo. Porque a sua abstenção de nada vale ao Governo - que fica dependente, de igual forma, da abstenção do PSD -, Portas sabe que, se levasse essa abstenção até ao fim, ficaria de fora no momento decisivo. Assim sendo, resolveu ficar ainda nas negociações.
O outro parceiro possível de José Sócrates é, agora, o PSD, que tem mostrado absoluta disponibilidade para chegar a um entendimento. Entre todos, o argumento é comum: não é só preciso responsabilidade, é preciso sentido de Estado. Sobretudo no momento em que o País está sob rigorosa observação, das agências de rating e de instituições como a Comissão Europeia e o FMI. Tendo em conta que nada está ainda garantido - para mais, com as Finanças Regionais em absoluto impasse - era bom que todos os envolvidos tivessem isso no pensamento. Até ao último dia.
O CDS, de resto, mostrou que é possível fazer negociações pragmáticas no nosso sistema político. Escolheu um método - negociação de propostas suas que queria ver incluídas -, pediu que as reuniões fossem sempre publicitadas, foi explicando, a par e passo, o que estava a correr bem e menos bem. No final, até aí, foi claro na opção: ganhou várias concessões do Governo, mas não todas - e não todas as mais importantes. Pelo que resolveu, simplesmente, abster-se... na generalidade.
Ora, esta decisão de Paulo Portas mostra que o líder do CDS quer manter-se em jogo. Porque a sua abstenção de nada vale ao Governo - que fica dependente, de igual forma, da abstenção do PSD -, Portas sabe que, se levasse essa abstenção até ao fim, ficaria de fora no momento decisivo. Assim sendo, resolveu ficar ainda nas negociações.
O outro parceiro possível de José Sócrates é, agora, o PSD, que tem mostrado absoluta disponibilidade para chegar a um entendimento. Entre todos, o argumento é comum: não é só preciso responsabilidade, é preciso sentido de Estado. Sobretudo no momento em que o País está sob rigorosa observação, das agências de rating e de instituições como a Comissão Europeia e o FMI. Tendo em conta que nada está ainda garantido - para mais, com as Finanças Regionais em absoluto impasse - era bom que todos os envolvidos tivessem isso no pensamento. Até ao último dia.
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