Falando aos jornalistas no final de uma tertúlia em que foi o convidado, Paulo Portas disse que a “Lei das Finanças Regionais é essencialmente uma questão do PS e do PSD, pela simples razão de que os socialistas governam a República e os sociais-democratas a região”.
“Acho que o Governo e o PS não podem tratar a questão da Madeira como uma questão pessoal, pois há mais Madeira para além do Dr. João Jardim, e que o PSD deve fazer um esforço de coerência em relação ao seu discurso sobre o endividamento e à prática na região autónoma”, afirmou o dirigente centrista.
Paulo Portas, que iniciou sexta-feira à noite, em Coimbra, um ciclo de tertúlias promovidas pelo jornal semanário Campeão das Províncias, defende que se “o Governo der esse passo e o PSD fizer esse esforço é possível uma solução moderada e justa”.
Solução essa que, segundo o líder do CDS-PP, deve reconhecer “aquilo que há de injusto na atribuição de verbas à região da Madeira, salvaguarde os Açores, seja comportável e tenha em consideração as dificuldades financeiras e os níveis de endividamento que o país já tem”.
“Um país que só cresce um por cento ao ano, na melhor hipótese, que tem 600 mil desempregados, que o ano passado teve mais de 50 por cento de falências, que toda a riqueza criada por ano não chega para pagar o endividamento do Estado e das empresas públicas, tem problemas muito difíceis e não vale a pena criar uma crise artificial com as finanças regionais”, frisou Paulo Portas.
Fonte: Público
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