domingo, 19 de abril de 2009

O que a Comunicação Social diz hoje sobre o Congresso do CDS-M II: Diário de Notícias da Madeira

Rodrigues critica ausência de ex-parlamentares
PP-M quer mandar Sócrates para o desemprego e Jardim para a Reforma 'dourada'

Não tiraram "vitalidade" ao XII Congresso Regional do CDS-PP, mas nem por isso as ausências de dois ex-deputados 'populares' deixaram de ser um dos alvos das críticas de José Manuel Rodrigues.


A abrir a Moção aprovada ontem, por unanimidade, em Santa Cruz, o candidato à liderança do PP-M homenageou a figura do militante anónimo, "sempre pronto a dar a cara" pelo partido, independentemente de quem lidera ao nível nacional ou de quem ganha congressos.


Com os elogios à militância desinteressada, Rodrigues arrancou fortes aplausos aos 111 delegados que assistiam na altura ao congresso do PP, na sala Ericeira do Hotel Vila Galé. 'A posteriori', em declarações proferidas à margem da sua intervenção, o candidato único foi peremptório ao assumir a alusão a Cabral Fernandes, antigo líder regional do partido, e a Luciano Homem de Gouveia, outro histórico do PP. "Esperava ver aqui essas pessoas que, aliás, já exerceram cargos políticos no CDS- PP", referiu, ao DIÁRIO, o dirigente 'popular' que prefere - apesar de lamentar as ausências - destacar a participação no congresso. "Temos um congresso com 150 pessoas, acho que isso é demonstrativo da vitalidade do partido na Madeira", regozijou-se. Unidos contra Jardim e Sócrates.


A confiança na eleição de um deputado pela Madeira e na subida da votação do PP, quer nas legislativas, quer nas europeias, foi uma das ideias-chave do XII congresso Regional do CDS-PP que prossegue hoje com a presença de Paulo Portas e que contou ontem com uma mensagem de apoio enviada pela direcção do partido nos Açores.


Tanto o candidato à liderança da estrutura regional, como o líder do grupo parlamentar do partido na Assembleia da República foram claros na mensagem de que a estratégia 'popular' deve passar pela abordagem e defesa dos "problemas reais" da população.


Contra Sócrates, Diogo Feyo argumentou com o desemprego, o fisco e a devolução do IVA. O PP garante que vai ser intransigente nas críticas ao modelo 'populista'. Já José Manuel Rodrigues foi mais duro nas críticas aos socialistas da Madeira e a Jardim, embora não hesite em considerar que está na hora de mandar José Socrates para o desemprego e sem subsídio. "Ninguém de bom senso dará a sua confiança a um PS cujos dirigentes revelam, na Região e no País, uma hostilidade estúpida para com a Madeira e a Autonomia", declarou o líder do PP-M cuja Moção estratégica se denominou 'Esperança e Alternativa". Analisada a situação económica da Região, Rodrigues concluiu também que "está na hora de mandar Jardim para a reforma", lembrando que o chefe do Executivo leva "duas pensões douradas ao contrário da maioria dos idosos da Madeira".


Deputado em Lisboa "Desta vez, vai ser possível". A confiança na eleição de um deputado à Assembleia da República pelo circulo eleitoral da Madeira é comum aos líderes regional do PP e do grupo parlamentar do partido no parlamento nacional, Diogo Feyo. "Dar-me-á um grande gozo pessoal que exista um deputado do PP-M na Assembleia da República", declarou Feyo que minimiza "os resultados menos bons" e diz estar certo do excelente desempenho do PP-Madeira nas próximas europeias e legislativas.



'Porta aberta' a Vieira e jovens em destaque
PP-M vai concorrer a todas as freguesias e admite apoiar independentes


Ricardo Vieira não chegou a tempo para assistir às primeiras intervenções do XII Congresso do PP-M, mas também não será por isso que o partido lhe vai fechar a porta quanto a uma candidatura pelo Funchal.


Apesar da polémica que tem afectado o vereador 'popular', José Manuel Rodrigues diz que, nas próximas autárquicas", "a porta está naturalmente aberta" a Vieira, sem confirmar, contudo, a sua candidatura à Câmara do Funchal. "Só depois do congresso é que falarei com os autarcas e, face à estratégia e à sua disponibilidade, vamos compor as listas", declarou ao DIÁRIO.


Uma coisa está definida: o partido vai manter a aposta na juventude, não apenas para compor as listas, mas até para liderar alguma delas. Rodrigues diz que o PP-M vai concorrer a todas as freguesias e municípios e admite um apoio excepcional a independentes desde que sejam "reconhecidos pela população" e revelem um projecto válido, como acontece em Santa Cruz.


De saída da JP, Nélson Mendonça vai ocupar um lugar de destaque na Comissão Política do partido e poderá assumir uma posição de relevo nas eleições de Outubro. "Há que dar razões aos jovens para voltarem a acreditar que nem todos os partidos são iguais", explica Rodrigues.


Já o líder da JP diz que "não faz sentido pedir lugares porque o partido sempre contemplou os jovens". Nélson não adianta pormenores sobre o seu futuro e diz-se disponível para "o que partido quiser".

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