«Não temos medo, não nos resignamos», pois «a nossa esperança na Região é a última a morrer». Esta foi uma das tónicas da intervenção do reeleito líder dos “populares” madeirenses, José Manuel Rodrigues, ontem, no encerramento do XII Congresso Regional do CDS/PP, que se realizou neste fim-de-semana, em Santa Cruz, com a presença do líder nacional do partido.
As críticas à maioria PSD e ao governo PS dominaram no seu discurso. O democrata-critão referiu que a «guerrilha política» entre os governos Regional e Central fizeram com que o PSD e o PS perdessem o sentido de Estado e entende que a Região «não pode ficar refém de um problema pessoal ou político entre o presidente do Governo e o primeiro-ministro».
No âmbito das eleições regionais antecipadas, José Manuel Rodrigues disse que, hoje, «não só não estão resolvidos os problemas financeiros, económicos e sociais, como aqueles ainda se agravaram nos últimos dois anos», referindo que, deste modo os madeirenses foram «enganados», com a justificação dada para a realização das referidas eleições.
Dadas estas circunstâncias, considerou «urgente resgatar a Autonomia do sufoco financeiro, bem como do poder e interesses instalados aos longo de três décadas», considerando ainda que a Autonomia não pode ser «factor de divisão» entre madeirenses, na medida em que esta «não é propriedade de uma pessoa, um partido ou ideologia».
Neste contexto - reforçou - há que transformar a Autonomia num «projecto para todos» e, por isso, entende ser necessária uma Primavera política na Região, para uma «democracia regenerada e uma Autonomia reforçada».
Em termos de orientação partidária para os próximos três anos, saem três objectivos: derrotar o PS nacional «que está a dar cabo do País», contribuir para a mudança política na Região em 2011 e iniciar o movimento de esperança alternativa e começar um novo ciclo económico e social na Madeira.Além disso, José Manuel Rodrigues defendeu uma nova Lei de Finanças Regionais, baseada na realidade sócio-económica da Região e não no PIB e com mais transferências financeiras e, ainda, a revisão constitucional.
Refira-se que neste congresso dos democratas-cristãos madeirenses, Lino Abreu foi eleito secretário-geral do partido, bem como ainda foram eleitos cinco vice-presidentes: José Juvenal Camacho, Rita Fernandes, João Alberto Freitas, Carlos Fernandes e António Lopes da Fonseca.
Portas iniciou discurso eleitoral no congresso regional «O problema é PS, a solução é CDS», foi a mensagem repetidamente transmitida ontem pelo líder nacional do CDS/PP, Paulo Portas, no encerramento do Congresso Regional, onde, além de subscrever a intervenção do líder regional, iniciou o seu discurso eleitoral. «Somos patriotas e autonomistas e o facto de José Sócrates não ser capaz, não quer dizer que Portugal não seja capaz» disse, adiantando que «basta que nos unamos à volta dos valores correctos e nos mobilizarmos para uma alterantiva política que substitua um governo cansado». Paulo Portas apontou algumas daquelas que considera serem as medidas adequadas para o País nesta altura, designadamente a diminuição da carga fiscal e novas prioridades no social, que vão contra todas as que foram e pretendem ser tomadas pela República. Além disso, referiu que «Portugal tem um Estado que corta o esforço, a iniciativa e a ambição de ir mais longe na vida», e, por isso, entende que há que restaurar o direito de subir na vida, fruto do esforço do trabalho - o “popular” falava a respeito da emigração qualificada.
Quanto às Europeias, o líder dos democratas-cristãos deixou um aviso aos “populares”: O Parlamento Europeu «não é uma aposentadoria dourada, é preciso muito trabalho».
Sem comentários:
Enviar um comentário