O líder do CDS-PP, Paulo Portas, desvalorizou hoje a “apropriação” pelo PSD de “bandeiras” dos democratas-cristãos, sublinhando que os eleitores sabem "quem é coerente e quem tem o trabalho feito".
"Eu saúdo todas as evoluções, mas as pessoas sabem quem é coerente e quem tem trabalho feito", afirmou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de alarmes, em Oeiras, quando questionado se pensa que o PSD está a "tirar temas" ao CDS.
"Pode agora o PSD falar das PME's, mas o que fez por elas neste quatro anos e meio? Pode agora falar de segurança, mas não votaram com os socialistas as leis penais irresponsáveis que aumentaram a delinquência? Pode falar de educação, mas na altura em que foi preciso votar o fim do modelo de avaliação dos professores, faltavam lá os deputados do PSD", acrescentou o líder do CDS-PP.
Antes, Paulo Portas já tinha admitido que durante a campanha eleitoral "vai aparecer muita gente a trabalhar pelas PME's", mas recordou que "quem as defendeu nestes quatro anos e meio foi o CDS" e que foi o partido que disse quais os impostos que é preciso reduzir para salvar empregos e empresas. "E até dizemos onde cortar para suportar essa redução fiscal", frisou, salientando que nenhum outro partido o faz como o CDS-PP, que defende o fim da "situação abusiva" que é o financiamento que o Estado faz todos os anos nas SCUT (auto-estradas sem custo para o utilizador).
Paulo Portas recordou ainda algumas das medidas que o CDS-PP propõe para as próximas legislativas, nomeadamente uma política económica "totalmente virada para as PME's", que garantem em Portugal cerca de dois milhões de empregos. "É para a dificuldade dessas empresas que deve ser pensada uma política económica, porque se as ajudarmos, estamos a ajudar o emprego e estamos a ajudar o crescimento da economia e até a geração de receita", declarou.
Por isso, defendeu, são necessárias medidas como a alteração do sistema de pagamentos ao Estado, que deverá pagar juros caso se atrase, o reembolso do IVA a 30 dias ou a revisão do sistema de Pagamentos por Conta. "São medidas que são um impulso à sobrevivência das empresas, à defesa dos empregos e à ultrapassagem de uma situação económica muito difícil em Portugal", salientou.»
Fonte: Público
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