quinta-feira, 19 de julho de 2007

Afinal os preços baixam ou não baixam??!!

Hoje o DN-Madeira publica pelo menos dois artigos muito interessantes, relacionados com o futuro das ligações aéreas entre a Região e o Continente Português e claro com a Europa.

Relativamente as ligações ao mercado europeu, começam a operar as novas companhias aéreas chamadas de "low cost", que trazem preços extremamente baixos.


Vejam-se os preços que por exempolo a Companhia "Easy Jet" deverá fazer para destinos como o Aeroporto de Stansted em Londres e desde o Aeroporto de Bristol a partir de 36,99 euros por trajecto com taxas incluidas. A rota Stansted-Funchal será diária e a rota Bristol-Funchal contará com 3 voos semanais.


Por outro lado e com a entrada destas novas companhias, teremos notícias positivas ao nível do emprego sendo que a notícia do DN, refere que se "...irão criar postos de emprego indirectos, o que será uma grande benefício para a indústria hoteleira madeirense. Segundo a IATA, um milhão de passageiros traduz-se em 1200 a 1500 empregos criados, o que nos permite concluir que as duas novas rotas com destino à Madeira se traduzirão num aumento de 225 à 300 postos de trabalhos indirectos..."


Por outro lado, uma outra notícia refere que o novo sistema de liberalização para as rotas domésticas do continente para a Madeira aumentará a tarifa média paga pelos passageiros residentes e estudantes, o que é um tremendo contra-senso, quando o esperado seria um abaixamento dos preços dos bilhetes. Segundo a peça jornalística o único ganho será a eventual entrada de mais companhias aéreas na rota, porque as Companhias aéreas que actualmente operam para a região, pretendem continuar (TAP e SATA) a praticar preços elevados, sendo que estas "...não prevêem baixar as actuais tarifas, salvo caso de promoções especiais, em períodos de menor tráfego. Assim, a decisão é não baixar preços, podendo até, eventualmente, registar-se uma actualização (entenda-se aumento) em Janeiro..."


Os preços poderão aumentar como o refere a notícia devido "... porque não irão usufruir do subsídio à cabeça, actualmente de cerca de 40%, o que numa passagem de ida e volta a Lisboa, tomando como base a tarifa mais procurada - a económica sem restrições - dá um desconto médio de 118 euros. O subsídio médio ponderado entre as várias tarifas praticadas pelas companhias portuguesas em 2006 foi de 103,1 euros por passageiro residente. A partir da liberalização, esses passageiros terão direito apenas a 60 euros de subsídio, a receber após as viagens e contra apresentação dos talões de embarque. Pagarão na totalidade o bilhete no acto de compra. Outro factor que pesará no bolso dos residentes e estudantes é que as alterações de datas, após a compra do bilhete - se optarem por uma tarifa promocional ou destino a destino (PEX) com datas fixas - serão sempre penalizadas e sujeitas ao pagamento de uma determinada quantia. Neste caso serão penalizados os estudantes universitários que normalmente procuram regressar à Madeira logo que as aulas terminam ou logo que os exames estejam concluídos, datas que muitas vezes não podem prever, se bem que saibam a semana em que isso ocorre. Outro factor não menos importante é que não há um tecto tarifário máximo, pelo que quando alguém pretender ir ao continente poderá ser obrigado a utilizar tarifas de segmentos altos, o que significa que as viagens terão de ser mais previstas e pensadas com alguma antecedência, o que, muitas vezes, não é possível, no caso particular de negócios ou de doença..."


No meio destas menos boas notícias sobre as ligações ao Continente, importa referir que existe ainda a possibilidade de companhias europeias venham eventualmente interessar-se pelas rotas Lisboa - Madeira e Porto - Madeira, que segundo a notícia do DN-M "...o que não é de todo garantido. Sabemos que no caso da 'easyJet', que acaba de anunciar que pretende movimentar, pelo menos, um milhão de passageiros por ano na Madeira, é provável que venha a abrir dois voos diários de Lisboa com tarifas médias de 100 euros (ida e volta), o que seria muito bom, pois ficariam para o residente em cerca de 40 euros..."


Vamos continuar a espera de melhores dias!!!...

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