segunda-feira, 30 de julho de 2007

Congresso do PS-Madeira

Neste passado fim de semana teve lugar no Funchal o XIII Congresso Regional do Partido Socialista da Madeira, onde a moção do Líder eleito em directas intitulada «Um compromisso para o futuro», foi votada favoravelmente.

Este Congresso tal como era previsível, não teve grandes surpresas. Estava a partida tudo definido e dos discursos do "novo" Líder pouco ou quase nada de novo foi conhecido. Uma Convenção na segunda quinzena de Setembro, a criação de um Conselho Consultivo que se reunirá de dois em dois meses, o estabelecimento de uma Declaração de Princípios e de um programa até ao primeiro semestre de 2008 e uma nova orgânica directiva do PS-M, constituída pelo presidente, secretário-geral e um porta-voz são algumas das medidas preconizadas por João Carlos Gouveia. Para além disto o "Novo PS" de João Carlos Gouveia tenciona apresentar uma proposta para a criação na RAM de um Departamento de Investigação Criminal e de um subsídio de insularidade aos funcionarios públicos na ordem dos 15% do valor salarial. Muito pouco para um Partido que pretende ser alternativa política ao PSD de Alberto João Jardim e que de substâncial nada, absolutamente nada diz sobre os principais problemas dos madeirenses, porque para além da promiscuidade no poder regional existentes muitos mais problemas afligem os cidadãos da Madeira e do Porto Santo e que esta nova liderança do PS-Madeira não consegue ver e responder.
Os que de facto ficaram muito contentes com este posicionamento político do "Novo PS", foram os Comunistas e Bloquistas, que pelas reacções as conclusões do Congresso, mostraram-se muito satisfeitos. Julgo que devem estar a pensar já em futuras coligações. A tal chamada "frente de esquerda" que pelos vistos é tão desejada pela esquerda radical desta terra e que agora vê uma oportunidade única de a poder concretizar na RAM, em breve se calhar já nas Autarquicas de 2009 e nas Regionais de 2011.


Sinceramente não estava a espera de muito mais, não por achar que o João Carlos Gouveia não tenha competência para tal, mas por achar que não terá grandes condições políticas e por também não ter uma equipa a altura, que "modere" as posições mais radicais características da personalidade do agora líder socialista.

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