domingo, 22 de julho de 2007

É uma pequena história com muita ternura...

"Numa reunião de pais numa escola da periferia, a directora realçava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que estivessem presentes durante o maior período de tempo possível...
Considerava que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deviam encontrar tempo para se dedicarem e compreenderem os filhos.

A directora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou, de forma humilde, que não tinha tempo de falar nem de ver o filho durante a semana pois, quando ele saía para trabalhar, o filho ainda estava a dormir e, quando voltava do trabalho, o garoto já não estava acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para sustentar a família, mas que ficava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava redimir-se indo beijá-lo todas as noites quando chegava a casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Fazia isto religiosamente todas as noites quando o beijava.

Quando o filho acordava e via o nó, sabia assim que o pai tinha lá estado e o tinha beijado.

O nó era o meio de comunicação entre eles.

A directora emocionou-se com a história e ficou surpreendida quando constatou que o filho deste pai era um dos melhores alunos da escola!

O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas estarem presentes e de se comunicarem com os outros.

Este pai encontrou a sua, simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afectivo, o que o pai lhe queria dizer.

Gestos simples, como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam para aquele filho muito mais do que os presentes ou as desculpas vazias.

É por esta razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, medo do escuro.

As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas SABEM registar um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol..."


(Texto que gentilmente a minha amiga a Dra. Rita Fernandes enviou-me e que cá é publicado com muito gosto. Obrigado Rita!...)

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