Os políticos têm um dom especial para dizer coisas sonantes e irrelevantes. O pior é quando além disso não conseguem ser convincentes. Nesse caso perde-se o activo mais valioso de um líder, a credibilidade.Os números da semana passada confirmaram que a situação laboral é grave. A taxa de desemprego em 2007 foi de 8%, a mais alta dos últimos 20 anos.
O senhor Primeiro-Ministro, em vez de se mostrar preocupado e ocupado com soluções, preferiu manifestar confiança no cumprimento da sua promessa eleitoral de criar 150 mil novos postos de trabalho. É verdade que desde o início desta legislatura a economia (não o Governo) já conseguiu aumentar em 94 mil o número de empregados do país. Mas ao mesmo tempo apareceram 27 mil novos desempregados. Esta situação só é possível porque a população activa aumentou de 121 mil pessoas.
Ou seja Portugal está a criar empregos, está a criar bastantes empregos, mas os portugueses não querem esses postos de trabalho. Têm de vir imigrantes para os ocupar. Este fenómeno é tão visível que nem são precisas estatísticas para o confirmar. A promessa eleitoral é bem provável que venha a ser cumprida, mas isso não altera em nada a gravidade da situação laboral nacional.
O mais surpreendente é que o senhor Primeiro-Ministro enverede por este tipo de conversa mole, desviando o assunto e fingindo que está tudo bem. Essa estratégia, que já levou ao desastre tantos dos seus antecessores, também não vai correr bem desta vez. Com o desemprego atingindo 440 mil pessoas não seria esperar que o Governo, ao menos, parecesse triste?
O senhor Primeiro-Ministro, em vez de se mostrar preocupado e ocupado com soluções, preferiu manifestar confiança no cumprimento da sua promessa eleitoral de criar 150 mil novos postos de trabalho. É verdade que desde o início desta legislatura a economia (não o Governo) já conseguiu aumentar em 94 mil o número de empregados do país. Mas ao mesmo tempo apareceram 27 mil novos desempregados. Esta situação só é possível porque a população activa aumentou de 121 mil pessoas.
Ou seja Portugal está a criar empregos, está a criar bastantes empregos, mas os portugueses não querem esses postos de trabalho. Têm de vir imigrantes para os ocupar. Este fenómeno é tão visível que nem são precisas estatísticas para o confirmar. A promessa eleitoral é bem provável que venha a ser cumprida, mas isso não altera em nada a gravidade da situação laboral nacional.
O mais surpreendente é que o senhor Primeiro-Ministro enverede por este tipo de conversa mole, desviando o assunto e fingindo que está tudo bem. Essa estratégia, que já levou ao desastre tantos dos seus antecessores, também não vai correr bem desta vez. Com o desemprego atingindo 440 mil pessoas não seria esperar que o Governo, ao menos, parecesse triste?
João César das Neves
DN-Lisboa de 21/02/2008
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