quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Produtos alimentares vão ficar mais caros com novo recorde do preço do trigo

Segundo o "Público" hoje, as quebras das reservas do trigo no Canadá , injectou ontem vernovismo na bolsa de Chicago, podendo em breve verificar-se grandes aumentos no preço deste produto pelo mundo inteiro.

A notícia também refere que o preço dos produtos alimentares em cuja composição entra o trigo vai continuar a aumentar nos tempos mais próximos. Ontem, a cotação deste cereal na mais importante bolsa de matérias-primas (Chicago, EUA) atingiu novo recorde. Chegou aos 10,33 dólares por alqueire (cerca de 14 quilos), batendo assim o anterior máximo, registado em meados de Dezembro, nos 10,08 dólares.


A razão próxima para esta escalada do preço do trigo, neste caso reportado aos contratos de futuros para venda em Março, é a quebra substancial dos stocks do cereal no Canadá, que é o segundo maior exportador mundial, logo a seguir aos Estados Unidos da América.


O mesmo acontece com o milho, que ontem registou, também, uma valorização de 1,3 por cento na plataforma de negociação de Chicago. No caso deste cereal, as razões para o aumento da cotação têm a ver com uma pressão muito mais forte sobre a procura. O aumento do consumo em países como a China e a Índia e o interesse dos produtores de biocombustíveis contribui para a escassez do cereal e, consequentemente, para o aumento do seu valor no mercado internacional.


O aumento do preço do milho tem como resultado directo um incremento do valor dos alimentos em cuja composição entra. Mas acaba também por influenciar o preço do leite e da carne, especialmente de bovino, que se alimenta de forragem de milho e de rações onde entra este cereal, e do leite. Em Portugal, os últimos dados apontam para um aumento de cerca de 15 por cento no preço do leite nos últimos meses.


Estes dados poderão significar, ainda, um novo argumento para o BCE recusar descidas das taxas de juro, uma vez que esta onda de aumentos constitui, já de si, uma forte pressão sobre a inflação - que no caso da Europa está bem acima do patamar de 2 por cento definido pela autoridade monetária.


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