sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Manuel Alegre diz que não se revê "neste PS"

Numa entrevista dada ao "Público" e que li no "Açoriano Oriental", Manuel Alegre afirma que não se revê “neste PS”, cujo aparelho partidário é “um muro perfeitamente impenetrável”, mas rejeita a criação de novo partido, defendendo que a mudança tem de ser feita “por dentro”.

“Claro que já não me revejo neste PS. O que não quer dizer que este PS não tenha socialistas ou que entre aqueles que votam e apoiam o PS não haja muitos socialistas. (…) Aquilo que eu chamei de nomenclatura, bem, hoje é uma coisa impenetrável”.


“Aquilo a que se pode chamar o aparelho partidário, que são as estruturas, os que estão à frente da direcção nacional, das direcções intermédias, das federações, nas autarquias. Isso é um muro perfeitamente impenetrável”, acrescentou.


Manuel Alegre questionou se o PS “ainda se move por alguma ideologia”


Sobre as reformas de Sócrates disse: “Mas estamos a fazer reformas ou estamos a fazer contra-reformas? Eu sei que as pessoas vivem mais tempo, há uma diminuição demográfica, há um peso migratório. As condições mudaram. (…) Mas o que me pergunto é qual o sentido das reformas? Será que não há alternativas? Penso que o papel dos socialistas é criar soluções alternativas. É fazer as reformas no sentido de garantir a viabilidade e de reforçar os serviços públicos, não de os esvaziar, como é hoje a receita única”.


Interrogado sobre se a solução é criar um novo partido, Manuel Alegre sublinhou que as alternativas até agora têm sido proporcionadas por movimentos de cidadãos, apontando a sua candidatura presidencial e a candidatura independente de Helena Roseta às eleições à Câmara de Lisboa, “com os resultados conhecidos”.


Sem comentários: