Governo Regional e o PSD tudo têm feito para esconder a profunda crise económica e social que se instalou na Região. Mesmo quando admitem que há famílias e empresas a passar por dificuldades enjeitam responsabilidades e atiram-nas para Lisboa, para o choque petrolífero ou até para a Constituição. É evidente que a conjuntura internacional e nacional tem efeitos nocivos na Região mas o Governo Regional nada tem feito para atenuar o seu impacto na vida dos madeirenses. O Secretário das Finanças dizia mesmo, há dias, que «não há crise na Madeira».
Só o Governo Regional do PSD não vê a crise que grassa em várias áreas da economia regional com empresas em dificuldades para fazer face aos impostos, às despesas e até ao pagamento de salários. Só o Governo Regional do PSD não vê os sacrifícios por que estão a passar milhares de famílias que não conseguem suportar o aumento do custo de vida e a subida das taxas de juro. Só o Governo Regional do PSD não vê que há centenas de famílias a perder as suas casas para os bancos e que há um claro empobrecimento da classe média.
Só o Governo Regional do PSD ignora que as falências na Madeira aumentaram 40 por cento num ano e o desemprego triplicou em cinco anos.
Só o Governo Regional do PSD ignora que a sua dívida de 290 milhões de euros às empresas pôs em causa a sobrevivência de muitos negócios e de muitos postos de trabalho.
Só o Governo Regional do PSD não vê as dificuldades que estão a passar muitos idosos e o aumento do número de pobres na Região. Perguntem às instituições de solidariedade social e às paróquias e verão a dimensão dos sacrifícios e das privações de muitos cidadãos e famílias.
O CDS/PP considera que a Madeira vive a pior crise de sempre desde a implantação da Autonomia há 32 anos. E esta é uma crise derivada da conjuntura nacional e internacional mas também da má governação regional.
O Governo Regional do PSD persiste na política de investimentos públicos baseada no betão e sem qualquer retorno económico ou social.
Em devido tempo, o CDS/PP alertou para a necessidade de mudar de ciclo económico, apoiando o investimento privado e as empresas geradoras de emprego e de riqueza. Isto só é possível se o Governo Regional do PSD tiver a coragem de baixar os impostos e canalizar os fundos financeiros europeus para a economia produtiva.
O CDS/PP defende, desde já, uma redução do imposto sobre os combustíveis na Madeira, e não apenas uma intervenção pontual e administrativa junto das gasolineiras, a fim de reduzir o seu impacto no orçamento das famílias e das empresas e uma descida do IRS nos primeiros escalões e no IRC a partir de Janeiro do próximo ano. Não podemos continuar a aceitar que, hipocritamente, o PSD e o Governo Regional critiquem o Governo Central do PS pela pesada carga de impostos e depois aproveitem a boleia socialista para arrecadar mais receita fiscal.
O CDS/PP defende, também, que os apoios da União Europeia, que virão até 2013, devem ser canalizados para a recuperação da economia produtiva regional como o comércio, a indústria, os serviços, a agricultura e as pescas, em vez de ser o sector público, Governo e Câmaras a absorverem essas verbas, muitas vezes para investimentos sem qualquer rentabilidade.
O CDS/PP defende, também, que não podemos continuar a ter preços de transporte aéreo e marítimo, taxas aeroportuárias e portuárias altíssimas que retiram competitividade às empresas e qualidade de vida às famílias.Os governantes e dirigentes do PSD deveriam aproveitar as férias para reflectir sobre o estado da Região e o estado a que chegou a vida de muitos madeirenses.
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