O assalto com reféns ao BES fez parar o país. A morte de um dos sequestradores abriu uma discussão sobre a actuação da polícia. Os blogues continuam a discutir o assunto.
"Mais valia ter salvo os quatro, parecem dizer alguns. Sejamos francos: ali só havia dois que careciam de ser salvos - aqueles que não se tinham lembrado de tomar reféns e de lhes apontar armas à cabeça. O resto nem danos colaterais são." O post é de Rogério da Costa Pereira, no " Cinco Dias " .
No " Arrastão " , Daniel Oliveira discorda: "Recordo que, felizmente, o discurso da polícia depois do sucedido foi exactamente o oposto a este. Os piores são mesmo os cowboys de sofá como o senhor Rogério, um dano colateral provocado pelo alargamento do Cinco Dias.
O assalto esteve em destaque nos fóruns na rádio e na televisão. O " Blasfémias " analisa os comentários dos portugueses. "A generalidade das pessoas mostrava-se genuinamente satisfeita. Obviamente muito mais satisfeita do que estaria se o assalto tivesse acabado numa paz negociada.
Descobriu-se finalmente a solução para os problemas de segurança do país: um sniper em cada rua. Todos os dias serão os dias mais felizes das nossas vidas."
No blogue " O Insurgente " , Miguel Botelho Moniz escreve sobre o uso preventivo da força mortal para combater a criminalidade. "Aqui a situação é de perigo iminente. Existe a possibilidade de um crime capital ser cometido em flagrante. Esta situação limite é o cerne da questão de se é legítimo ou não que o estado tente prevenir crimes. Se não for legalmente possível ao estado, ou a uma "agência de segurança", impedir que uma pessoa mate outra, quando está em condições de o fazer, então nenhuma coerção a priori será legítima, devendo o estado limitar-se a forçar a compensação das vítimas depois do crime. O que num caso destes seria impossível. E contrariamente à pena de morte, a possibilidade de ter lugar esta força preventiva é de facto dissuasora."
"Mais valia ter salvo os quatro, parecem dizer alguns. Sejamos francos: ali só havia dois que careciam de ser salvos - aqueles que não se tinham lembrado de tomar reféns e de lhes apontar armas à cabeça. O resto nem danos colaterais são." O post é de Rogério da Costa Pereira, no " Cinco Dias " .
No " Arrastão " , Daniel Oliveira discorda: "Recordo que, felizmente, o discurso da polícia depois do sucedido foi exactamente o oposto a este. Os piores são mesmo os cowboys de sofá como o senhor Rogério, um dano colateral provocado pelo alargamento do Cinco Dias.
O assalto esteve em destaque nos fóruns na rádio e na televisão. O " Blasfémias " analisa os comentários dos portugueses. "A generalidade das pessoas mostrava-se genuinamente satisfeita. Obviamente muito mais satisfeita do que estaria se o assalto tivesse acabado numa paz negociada.
Descobriu-se finalmente a solução para os problemas de segurança do país: um sniper em cada rua. Todos os dias serão os dias mais felizes das nossas vidas."
No blogue " O Insurgente " , Miguel Botelho Moniz escreve sobre o uso preventivo da força mortal para combater a criminalidade. "Aqui a situação é de perigo iminente. Existe a possibilidade de um crime capital ser cometido em flagrante. Esta situação limite é o cerne da questão de se é legítimo ou não que o estado tente prevenir crimes. Se não for legalmente possível ao estado, ou a uma "agência de segurança", impedir que uma pessoa mate outra, quando está em condições de o fazer, então nenhuma coerção a priori será legítima, devendo o estado limitar-se a forçar a compensação das vítimas depois do crime. O que num caso destes seria impossível. E contrariamente à pena de morte, a possibilidade de ter lugar esta força preventiva é de facto dissuasora."
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