quarta-feira, 13 de agosto de 2008

«Esquizofrenia fiscal» ou esquizofrenia socialista??!...

O socialista Tino no blog que partilha com outros dois socialistas chamado de "Farpas da Madeira", escreveu um "post" que diz o seguinte:

«É impressão minha ou os mesmos que estão completamente indignados por o governo querer cobrar impostos sobre as gorjetas, como qualquer outra fonte de rendimento do trabalho, são os mesmos que se indignam por os feirantes ciganos não pagarem impostos.


A mim não me choca nada que na factura de um restaurante exista uma rubrica que diga: gratificação e que seja rendimento, não do estabelecimento mas do empregado, e como tal seja o empregado a pagar impostos sobre esses rendimentos.


Muitos empregados de restaurante mais que duplicam o seu salário através das gratificações, então porque razão esse rendimento não há de ser declarado?


Apenas para esclarecimento, sou a favor que a fiscalização aperte com os feirantes de modo a que estes paguem os impostos como quase toda a gente, e que sejam impedidos de vender produtos contrafeitos. As regras são para todos. Não pode haver guetos seja de que espécie for.»


Sobre isto queria de forma clara dizer o seguinte:


Primeiro acho muito bem que o CDS se insurja claramente contra mais esta medida fiscal que penaliza mais uma vez quem trabalha.


É no mínimo injusto ver que as GRATIFICAÇÕES que voluntariamente cada um de nós dá a quem nós serviu com dedicação, quando a isso não era obrigado, tenha que ser taxado. Em lado algum na entrada dos estabelecimentos de restauração e bebidas, nem nas cartas onde podemos escolher o que pretendemos consumir, não é referida a obrigatoriedade do cliente ter de deixar gratificação (gorjeta), dá quem quer e a quem quer!!!...
Só falta também que quem de "gorjetas", tenha que ser também taxado por ter riqueza a mais, quando por vontade própria da uns "trocos" a quem lhe serviu com dedicação!!?...


Se fosse cobrada essa "gorjeta" pelo estabelecimento, mesmo que fosse para o empregado, aí era de facto compreensível tal taxa. Não sendo uma obrigatoriedade, mas sim uma GRATIFICAÇÃO espontânea do cliente, que entende dar é absurdo e ridícula a sua taxação!!!...


Gratificação Tino não é uma fonte de rendimento. Fonte de Rendimento é aquela que ao fim dum período de trabalho, sabes será pago sempre o mesmo valor em pagamento pelo teu trabalho. Uma gratificação pode vir hoje, mas amanhã pode não haver e os valores envolvidos Tino, sinceramente são ridículos!!!...


Por outro lado parece que tens algum problema com riqueza ou melhor, parece que o PS e seus militantes tem problemas em ver as pessoas ganharem mais algum dinheiro, fruto do seu trabalho honesto, que até por vezes é gratificado por quem reconhece a qualidade do serviço prestado!!!...


Sinceramente é decepcionante ler que ainda a pessoas que ficam incomodadas pelo que os outros honestamente conseguem!!!...


Já num passado recente este mesmo Governo Socialista (do qual o Tino é fervoroso admirador), também aventurou-se a tentar taxar "mesadas" e doações de pais a filhos e vice-versa. Sendo que a pronta denuncia disto por parte do CDS, fez com que o Governo abandona-se esta ideia. Era o que faltava, os pais terem de ir a correr as finanças declarar a mesada dada a um filho ou a ajuda dum filho a um pai e ter ao fim do ano pagar por isso!!?... Absurdos!!!...


Esses senhores já não sabem o que fazer para tirar o que os portugueses tem e o que não tem, esquecendo-se tributar a quem deveriam e não o fazem. É sempre quem trabalha de sol a sol que tem de sustentar a vadiagem que a olhos vistos vai por aí!!!...


É incrível que o Tino se esforce a justificar uma medida fiscal tão abominável e ridícula como esta e nada diga sobre os números esses sim elevadíssimos de pessoas que vivem a conta dos nossos descontos por exemplo no RSI , que no todo nacional já ultrapassam quase dois milhões de pessoas no final do primeiro semestre deste ano (ver SOL). Os dados da Segurança Social apontam para 1.936.903 pessoas e 695.847 famílias a receber este complemento. Isto Tino é que tem de acabar, porque como já foi dito (e bem), "esta esmola institucional que para além de criar maus hábitos de absentismo laboral incrementa a "malandragem" e cria dependências...", sendo lamentavelmente sempre os mesmos (os que trabalham) a ter que sustentar suas famílias e estas outras "famílias".


Neste "post" do Tino, aparece também uma comparação a roçar a demagogia e o mau gosto, para não falar de um certo racismo ou xenofobia implícita, quando mete a "baralho" os ciganos. Isto porque estamos a falar de assuntos totalmente diferentes e que merecem uma atenção diferente.


Pergunto agora ao Tino que já no seu texto contradizia-se quando refere que é a "...favor que a fiscalização aperte com os feirantes de modo a que estes paguem os impostos como quase toda a gente...", se acha que a venda ambulante é ou não uma gratificação??!...


Claro que não!!!...


Estas pessoas, ciganas ou de outras raças, nacionalidades ou etnias (qualquer comerciante, seja ele quem for com actividade móvel), tem de ter a sua actividade legalizada e fiscalizada, tal como qualquer outro comerciante, que tenha um espaço físico como sede fiscal fixa e que paga os seus impostos. Concorrência justa é o que se quer em qualquer actividade!!!...


Agora se cada um de nós pelos serviços prestados por estes quiser-mos dar uma "gorjeta", claro que não deve ser taxado por isso, tal como o pessoal da restauração. É óbvio!!!...


Para concluir deixo uma duvida para que o Tino me esclareça. Achas que os mendigos e os pedintes que segundo o DN-Madeira de hoje, arrecadam em média, cerca de 20 ou 30 euros por dia, que no final do mês, são mais do que os 434 euros definidos, este ano, pelo Governo, para o salário mínimo da Região, devem ou não ver estes valores taxados ou tributados pelo Governo??!...

9 comentários:

José Luís Gonçalves Rocha disse...

Leiam só este post (http://madeira-sem-amos.blogspot.com/2008/08/asceno-e-queda-meterica-de-um-vira.html) e vejam as contradições dos "amigos" do PND. E viva o Pravda-Ilheu...

Roberto Rodrigues disse...

Tirou-me as palavras da boca!!!...

Anónimo disse...

Se eu sou taxado nos meus rendimentos, porque não hão-de ser taxadas também as gorjetas dos profissionais da área da restauração. Afinal também são rendimentos. esse dinheiro que recebem não vale menos do que o meu dinheiro.

Anónimo disse...

Parece que há aqui na opinião do autor deste blogue uma clara confusão entre socialismo e comunismo. É que ao contrário do comunismo, o objectivo do socialismo não é acabar com os ricos (como afirma) mas acabar com a pobreza.
Quanto à aplicação de uma taxa sobre os rendimentos, sejam sob a forma gratificações ou outra coisa qualquer (devo aliás referir que esta distinção que tenta fazer não faz qualquer sentido uma vez que o que o indivíduos recebem é dinheiro na mesma) sou totalmente de acordo.

Roberto Rodrigues disse...

Ao anónimo,

Respeito a sua opinião, mas parece que não leu o que escrevi. Recomendo que o faça com atenção.

Mas importa esclarecer duas coisas bem distintas. Uma é rendimento proveniente de trabalho, portanto salário e a outra gratificação (gorjeta). A primeira é fruto dum valor previamente contratado com alguém que paga pela prestação dum serviço enquanto a gratificação é um valor monetário ou de outra espécie que é dado por gratidão ou como recompensa e que pode ser no caso da restauração dado aquem prestou um serviço dedicado e esmerado, não significando que todos os clientes deixem a tal gorjeta. Um é em troca de trabalho o outro é dado por quem quer para agradecer um bom serviço.

Por isso nada de confusões!...

Roberto Rodrigues disse...

Ao Anonimo,

Então responda a isto:

Acha que os mendigos e os pedintes que segundo o DN-Madeira de hoje, arrecadam em média, cerca de 20 ou 30 euros por dia, que no final do mês, são mais do que os 434 euros definidos, este ano, pelo Governo, para o salário mínimo da Região, devem ou não ver estes valores taxados ou tributados pelo Governo??!...

"...Esse dinheiro que recebem não vale menos do que o meu dinheiro..."

Anónimo disse...

Não confunda as coisas. uma coisa é receber um ordenado (superior ao ordenado mínimo) e, em cima disso a "gratificação" e outra é receber apenas as gratificações altamente variáveis.

Roberto Rodrigues disse...

Então era isso!!!...

O Confuso sou eu!!?...

Pois deu para ver pelo seu esclarecimento!!!...

Roberto Rodrigues disse...

Ao anónimo,

Ainda sobre o seu comentário e a minha anterior resposta.

Acha mesmo que esses mendigos não são ajudados socialmente e não recebem o RSI??!...

Pois, não há argumentos!!!...