quinta-feira, 7 de agosto de 2008

«A virgindade e o Bloco de Esquerda»

Não adianta procurar a virgindade perdida debaixo da cama. É uma verdade universal e da política. Estranho que só o Bloco de Esquerda não saiba disto.
Há um ano, o Bloco de Esquerda fez um acordo na Câmara Municipal de Lisboa para possibilitar a colaboração entre António Costa e o vereador independente do BE José Sá Fernandes. Pessoalmente, acho que fizeram muito bem, mesmo tendo em conta que o PCP e a lista de Helena Roseta não quiseram entrar nesse acordo.Um ano depois, o acordo existe. Para o BE, esta já não deveria ser uma questão de “se” nem “quando” perder a virgindade política. Foi-se. Não volta mais.

José Sá Fernandes nunca foi consensual; há neste momento gente a observar atentamente todos os seus movimentos e qualquer erro que ele cometa. Talvez fosse aconselhável o BE distanciar-se dele? Não, não é.

Em primeiro lugar, José Sá Fernandes é um independente. Enquanto o Bloco de Esquerda constituía a sua personalidade, foi importante para demonstrar abertura e capacidade de diálogo com que se distinguisse o novo partido, por exemplo, do PCP. Pois bem: quem fica com os cómodos leva os incómodos. Se o BE se afastar de Sá Fernandes, será legítima a pergunta: os independentes só lhe interessariam enquanto não traziam problemas, ou não são verdadeiramente independentes?


Por Rui Tavares, retirado do Cinco Dias




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E depois a sempre aqueles que dizem que são outros os que apanham muito sol!!!...


Triste coisa. Olhem para o seu próprio umbigo antes de falar!!!...

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