sábado, 13 de setembro de 2008

Hugo Chávez insulta EUA e expulsa embaixador

Hugo Chávez acusa os EUA de tentaram derrubar o seu Governo e o da Bolívia. Ontem, estalou uma inesperada crise regional, com expulsões mútuas de diplomatas e um travo de guerra fria: navios e aviões russos preparam manobras na Venezuela, para grande irritação de Washington, que já decretou sanções.

A Venezuela e os EUA estão em rota de colisão, por causa da crise na Bolívia. Hugo Chávez deu ontem 72 horas ao embaixador americano para sair da Venezuela. Acusando os EUA de fazerem um "assalto imperialista" ao seu país, Chávez denunciou uma nova tentativa de golpe de Estado. "Estão a fazer aqui o que estão a fazer na Bolívia", acusou, antes do remate pouco diplomático: "Váyanse al carajo, ianquis de mierda, que aqui hay un pueblo digno".

Washington respondeu com a expulsão do embaixador venezuelano e anunciou sanções contra altos responsáveis de Caracas, acusados de apoiarem os terroristas colombianos das FARC. As acusações de Chávez surgiram em "solidariedade" pela situação do seu aliado Evo Morales. O Presidente boliviano enfrenta protestos violentos e o seu país parece ter mergulhado num abismo.

Em apoio de Morales, Hugo Chávez prometeu ontem que "se derrubarem Evo, se o matarem, saibam os golpistas da Bolívia que estão a dar-me sinal verde para apoiar qualquer movimento armado na Bolívia".

Mas a crise com Washington coincide com as manobras militares conjuntas entre venezuelanos e russos. Os americanos não escondem a preocupação pela presença, na Venezuela, de bombardeiros nucleares russos (sem bombas). Chávez fala da Rússia como "parceiro estratégico" e comprou armas a Moscovo.

Em relação à conspiração que Chávez afirma ter desmantelado, foram detidos militares, alguns deles na reserva, mas desconhece-se o número de suspeitos. O Governo venezuelano afirma que este grupo de oficiais pretendia assassinar Hugo Chávez, mas ainda não foram apresentadas provas ou sequer detalhes do que pretendiam fazer. Em Abril de 2002, o líder venezuelano foi vítima de um golpe de Estado e esteve alguns dias afastado do poder.

Washington nega ter qualquer relação com o assunto, mas Chávez acusa os americanos de apoiarem o golpe de Estado. O Presidente anunciou ainda que só aceitará um novo embaixador americano quando estiver na Casa Branca a próxima administração e ameaçou cortar os fornecimentos de petróleo. Os Estados Unidos são o principal comprador de petróleo venezuelano e as ameaças de Caracas, conjugadas com os efeitos do furacão Ike provocaram uma subida nos preços, até aqui com tendência para queda.

As sanções anunciadas por Washington incluem o congelamento de contas bancárias e foram dirigidas a membros dos serviços secretos venezuelanos e a um antigo ministro, Ramon Chacin. A Bolívia e a Venezuela integram um bloco anti-liberal, a Alternativa Bolivariana para as Américas, que também junta Cuba e Nicarágua.

DN-Lisboa

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Como Luso-Venezuelano que sou, devo confessar que por vezes sinto vergonha e frustração de ver este fanático de esquerda por em causa a estabilidade dessa parte do mundo e não só, muitas vezes sem necessidade nenhuma.

A ingerência de Chávez na Bolívia demonstra mais uma vez (lembrem-se dos acontecimentos do Equador de alguns meses atrás), são tentativas claras de criar instabilidade na América do Sul, onde Chavéz quer criar uma espécie de "império sovietico" agora chamado de "império bolivariano", onde ele será o "Comandante. Neste pseudo império Chavéz pretende para além de continuar a submeter o seu Povo e estes outros Povos com miséria e a subsídio dependência e a bufaria controlada pela corrupção que ele patrocina.
Esta forma de governar faz com que possa perpetuar-se no poder tal qual como se faz na Coreia do Norte, Cuba e noutros Países com sistema identico.
Outra pretenção deste ditador é também influenciar economicamente e financeiramente todo o mundo, a conta do petróleo e de outras riquezas que a Venezuela e esses restantes países da América do Sul são produtores. Lançando como Jardim o faz as culpas do que acontece a inimigos externos, que neste caso são os Norte Americanos. Parecendo que é um verdadeiro "libertador".

É pena!!!...

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