segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Lehman: FMI não está surpreendido e espera mais consequências

Fundo Monetário Internacional (FMI) não está surpreendido pelo impacto que a crise financeira nos Estados Unidos está a ter no sistema bancário e espera mais repercussões, declarou hoje Dominique Strauss-Khan, director executivo da instituição.
«Isto está infelizmente em linha com o que o FMI já escreveu», disse Strauss-Khan numa conferência de imprensa no Cairo.
«As consequências não acabaram, mais vão chegar. O sector financeiro vai encolher», acrescentou, afirmando no entanto que «as causas de fundo da crise já estão em grande parte ultrapassadas».
Os mercados de acções em todo o mundo estão a sofrer perdas depois da falência hoje da Lehman Brothers e da venda da Merrill Lynch, bancos considerados como gigantes do sistema financeiro dos Estados Unidos e que os mercados esperavam ser demasiado grandes para cair.
A Lehman Brothers anunciou que a direcção do banco vai hoje apresentar a declaração de falência na Câmara de Falências de Nova Iorque.
O banco perdeu cerca de 3,9 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, depois de ter sido obrigado a importantes depreciações nos seus activos devido à crise no mercado imobiliário.
A declaração de falência segue-se às tentativas falhadas do Lehman Brothers de encontrar um comprador, depois do Barclays, o último banco interessado, se ter retirado da corrida no domingo.
O banco britânico considerou que seria impossível adquirir o Lehman Brothers sem uma ajuda federal norte-americana semelhante à concedida em Março ao JPMorgan Chase, quando este adquiriu outro banco em dificuldades, o Bear Sterns.

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