quarta-feira, 23 de maio de 2007

Venezuela: Governo rejeita reunião com eurodeputados do PSD e do CDS

É com muita preocupação que vejo a situação política e social na Venezuela e como é evidente as repercussões que a situação (caso venha a agudizar-se) poderá trazer aos Portugueses (Madeirenses incluídos), radicados nesse País.

Nem a "campanha" da Embaixada da Venezuela em Lisboa para "limpar a imagem" desse regime de esquerda camuflada de "revolução Bolivariana", que começa a ser totalitária, nós conseguirá sossegar.


Veja-se a notícia da Lusa:


"Durante a conferência de imprensa, o eurodeputado português, José Ribeiro e Castro (CDS-PP) deixou claro que os visitantes estão no país " como amigos do povo venezuelano e da Venezuela, vinculados ao valor universal da liberdade de expressão".

A informação foi revelada hoje pelo chefe da missão, Fernando Fernández Martín.


"Não pudemos encontrarmo-nos, como tínhamos solicitado, com representantes da administração e com os nossos colegas venezuelanos", disse Martin, durante uma conferência de imprensa em Caracas.


A delegação do PPE previa reunir-se, quinta-feira, com o vice-presidente da Venezuela, Jorge Rodriguez, com o ministro das Telecomunicações, Jesse Chacón, com a presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Cília Flores, e com a presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Luiza Estela Morales.


"Infelizmente, do nosso ponto de vista, não obtivemos qualquer resposta a esse pedido de entrevista" sublinhou o chefe da missão que engloba ainda o britânico Daniel Hannan e os eurodeputados portugueses, José Ribeiro e Castro (CDS-PP)e Sérgio Marques (PSD).


Segundo aquele responsável, a deslocação a Caracas faz parte de "uma acção de solidariedade com os partidos afins na Venezuela, alguns deles membros da Internacional Democrática do Centro, a que pertencemos".


Explicou que "a União Europeia tem numerosos acordos de cooperação com vários países da América do Sul "e que os eurodeputados pretendiam "ter uma informação actualizada sobre a situação, na América Latina, e da Venezuela em particular" para informarem o seu grupo.


No seu entender, "a Venezuela vive um processo revolucionário e a ninguém pode surpreender que num processo desta natureza se produzam cada dia factos novos que suscitam interesse".


Precisou que, segunda-feira à tarde, o Parlamento Europeu, poderá aprovar, em Estrasburgo, um debate sobre o fim da licença da RCTV, que poderá realizar-se quinta-feira.


Por outro lado, instou os diferentes sectores da sociedade venezuelana a não interpretarem negativamente a presença dos eurodeputados.


"Temos um respeito escrupuloso pelos assuntos internos venezuelanos e não é nossa vocação e vontade interferir num debate interno venezuelano que, entendemos, está sujeito, neste momento, a um procedimento administrativo e a uma resolução dos órgãos jurisdicionais, que não queremos pré-julgar", afirmou.


Durante a conferência de imprensa, o eurodeputado português, José Ribeiro e Castro (CDS-PP) deixou claro que os visitantes estão no país " como amigos do povo venezuelano e da Venezuela, vinculados ao valor universal da liberdade de expressão".


"Esse é o nosso compromisso básico, porque é um valor consagrado na declaração universal dos direitos do homem. Viemos estudar casos concretos como o da RCTV. Não temos poderes para decidir nada mas preocupa-nos saber o que passa com a saúde democrática e a liberdade de expressão", disse.


Por outro lado, o britânico Daniel Hannan insistiu que o caso da RCTV "é uma questão interna venezuelana" e que "o pluralismo é um valor importante".


"A democracia não consiste apenas em ganhar uma maioria de votos mas também em reconhecer que deve haver pluralismo. Como amigo da democracia venezuelana, espero que o governo venezuelano reconheça este princípio universal de que deve existir o pluralismo dos meios de comunicação", disse.


A conferência de imprensa, que inicialmente estava prevista para o Hotel Caracas Palace, onde se hospedam os eurodeputados, acabou por se realizar no edifício do partido opositor Primeiro Justiça porque foi pedido "um valor excessivo, superior aos 3.500 dólares por uma hora", explicou, o chefe da missão.


Vários jornalistas venezuelanos transmitiram aos eurodeputados a sua preocupação por alegadas violações à liberdade de imprensa e perseguições a jornalistas."


Pergunto será que não estamos perante atitudes preocupantes de limitação da liberdade de imprensa e de expressão?


Nós políticos Madeirenses, que podemos fazer para fazer sentir a nossa preocupação?


E já agora o que acha o bloquista Roberto Almada , que em tempos foi um grande defensor de Chaves e da "Revolução Bolivariana", destes atropelos e da situação política em que vive este País?


E ao social-democrata Filipe Malheiro, que tem ao nível profissional uma proximidade com os trabalhos parlamentares na ALR da RAM, gostaria de saber, se esta Assembleia deveria ou não pronunciar-se sobre esta situação e no caso de entender que deva, quais as iniciativas, que do seu ponto de vista poderia tomar?


Por outro lado e aproveitando a oportunidade gostaria de dizer, que repugna-me a forma avusiva que Chaves e os seus membros do seu Governo, usam e abusam da memoria do Simón Bolívar e dos seus ensinamentos. É vergonhoso!...


Simón Bolívar, ilustre cidadão do mundo, foi como é sabido libertador de várias nações sul-americanas e merece mais respeito.


Não é aceitável que alguém, que não lhe chega aos calcanhares, possa disfarçar as suas políticas e ideologias marxistas como é o caso de Hugo Chaves, chamando-as de "Revolução Bolivariana", isso para mim que tive a oportunidade de conhecer o pensamento democratico de Simón Bolívar um insulto a sua pessoa e a sua identidade. é inaceitável e deplorável!...


Vamos ver até onde isto vai parar!..

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