Olhando a mesa com 150 metros de comprimento onde são "servidos" os projectos de arquitectura já construídos ou a construir nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, poder-á pensar-se que, em matéria de urbanismo, tudo vai bem em Portugal.
Nada de mais enganador, claro. Mas o facto é que a exposição "AML/AMP XXI", relativa às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e inserida no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa, que ontem se inaugurou no Polo II (Cordoaria Nacional), pretende mostrar o que de excelência tem sido feito no que respeita à gestão do território, quer por iniciativa de entidades públicas quer por iniciativa dos privados."O grande ausente desta iniciativa é o metro do Porto.
E isto deve-se a uma falta de entendimento supramunicipal do território", lamentou o arquitecto Nuno Sampaio, um dos comissários da mostra na Cordoaria Nacional."Tratando-se de um projecto transversal a vários municípios da Área Metropolitana do Porto e tendo em conta que 40% do seu orçamento é aplicado na requalificação dos espaços públicos, a sua participação nesta exposição sobre áreas metropolitanas seria uma mais valia", acrescentou o arquitecto.
Divulgar e debater como os vazios urbanos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto estão a ser desenvolvidos, com especial ênfase no projecto e construção de espaço público é um dos objectivos desta mostra que reúne um conjunto de 24 entidades (12 por cada uma das duas áreas metropolitanas representadas).
O espaço expositivo, um projecto de Nuno Brandão Costa, desenvolve-se numa mesa, quase rente ao chão, que cria uma linha de continuidade entre as duas áreas metropolitanas em referência. "Pretendeu-se com isto acabar com a ideia de "quintinha" e enfatizar o conceito de território", explicou Nuno Sampaio.
A mesa apresenta de um lados projectos (com esquissos, desenhos e fotografias) e, no lado oposto, as maquetas correspondentes. Na parede em frente uma grande tela , com mais de 150 metros de comprimento, acolhe projecções vídeo dos projectos já concretizados ou recriações virtuais."A ideia da organização da Trienal é que cada uma das exposições previstas não se cinja a um confronto de desenhos para exclusiva apreciação de especialistas. Queremos que o grande público venha visitar as mostras e não se sinta excluído. As pessoas poderão ver as maquetas das obras e imagens virtuais que as ajudam a entender melhor", sublinhou Nuno Sampaio.
No âmbito desta exposição são ainda divulgados os projectos seleccionados na sequência de um concurso de ideias promovido pela Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) e que visa a requalificação do estaleiro do Ouro e zona envolvente na cidade do Porto, a que concorreram 70 propostas.
Texto e fotografia do Jornal de Notícias
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Já agora gostaria de saber se na Madeira teremos o Polo III, da Trienal de Arquitectura. Digo isto porque em termos arquitectónicos a Madeira tem mais vida para além do Centro das Artes - Casa das Mudas e seria muito interessante associar o nosso patrimonio arquitectonico a este evento.
Para além disso na Madeira existem também "Vazios Urbanos" e grandes problemas urbanísticos e de ordenamento do território, que poderiam ser abordados, tendo por base os presupostos que alimentam a Trienal de Arquitectura, podendo com isso tirar-se conclusões importantes que ajudariam pelo menos a ver de uma forma diferente estas questões, que nos dias de hoje são essenciais para a qualidade de vida das populações.
2 comentários:
Hola, amigo. Me cuesta leerte en portugués,pero tenía que venir a agradecerte tu paso por mi blog.
Un abrazo. Somos vecinos y eres mi primer amigo portugués, lo que me llena de alegría.
Hola,
Quien tiene que agradecer soy yo.
De verdad tienes un blog interesante y claro voy con frecuencia visitar.
Felicidades
Roberto Rodrigues
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