O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, considerou hoje que as previsões de crescimento económico, exportações e investimento do Banco de Portugal representam uma má notícia, sobretudo para as famílias e para as pequenas e médias empresas.
O Banco de Portugal reviu hoje em baixa a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano, antecipando agora uma expansão de 1,2 por cento face aos 2,0 por cento antecipados em Janeiro.
A previsão, que Victor Constâncio tinha anunciado há vários meses que deveria ser revista em baixa, fica abaixo da estimativa feita pelo Governo, que aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5 por cento em 2008 e 1,8 por cento em 2009.
Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, o presidente da bancada do CDS-PP, Diogo Feio, afirmou-se apreensivo «com a previsão em baixa feita pelo Banco de Portugal relativamente ao crescimento, às exportações e ao investimento».
«Por outro lado, verifica-se uma previsão em alta relativamente à inflação. Estamos portanto perante números preocupantes para os dois próximos anos, o que demonstra que pouco valem os discursos irrealistas feitos pelo Governo em situação de crise», criticou Diogo Feio.
Para o líder da bancada do CDS-PP, as mais recentes previsões do Banco de Portugal «demonstram também que o país não estava preparado para enfrentar» um cenário de dificuldades a nível internacional.
«Portugal não fez as reformas que necessitava», defendeu.
Diogo Feio apontou ainda que «em Portugal, quando há revisões em alta de crescimento económico são mais baixas do que na União Europeia, mas quando há revisões em baixa são mais altas do que na União Europeia, o que é muito preocupante para as famílias e para as empresas».
Diário Digital / Lusa
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