Carlos Lobo, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, doutorou-se com 17 valores e por unanimidade. A nota é considerada muito boa para a Faculdade de Direito de Lisboa.
Acontece, porém, que o júri integrava dois sócios do seu escritório de advogados, Eduardo Paz Ferreira e Luís Morais, que pertencem com Carlos Lobo à sociedade Paz Ferreira e Associados.
O caso fez com que o fiscalista Saldanha Sanches se recusasse a integrar o júri. Saldanha Sanches disse ontem ao Expresso recear que "a posição do júri seja parcial. Esta situação não é habitual na faculdade, pois até agora tem havido distanciamento".
Já o vice-reitor da Faculdade de Direito de Lisboa e presidente do júri, António Vallera, afirmou que a Reitoria, quando soube da situação, perguntou ao Conselho Científico se poderiam existir incompatibilidades. "A resposta foi negativa e várias pessoas por mim contactadas disseram não haver problemas". António Vallera disse ainda que é muito pequeno o grupo de avaliadores especializados na área de doutoramento de Carlos Lobo, o que explicaria o facto de existirem dois sócios seus no júri.
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